A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) acaba de revisar suas projeções de crescimento global de seus associados e alguns países não-membros, como o Brasil. As projeções estão melhores do que o último relatório publicado em novembro para boa parte dos países, mas o Brasil ficou fora dessa lista.
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve o maior corte nas projeções de 2015 entre os países pesquisados no mais recente relatório da OCDE divulgado nesta quarta-feira (18/03). Para a entidade que reúne 34 países como Estados Unidos, Alemanha, França e Japão, o país encolherá 0,5% neste ano ao invés de crescer 1,5%, ou seja, um corte de 2,0 pontos percentuais. As estimativas para 2014 e 2016 eram de alta de 0,3% e de 2%, respectivamente, e passaram para 0,0% e 1,2%. De acordo com a organização, essa piora nos indicadores do Brasil é resultado do aperto monetário e fiscal que o país vem sofrendo, freando naturalmente a economia, e ;do aumento das incertezas políticas;.
A Alemanha ficou na contramão do Brasil. Sofreu o maior aumento das projeções de 2015, de 0,6 pontos percentuais, passando de 1,1% para 1,7%. A OCDE também elevou as projeções de 2014 e de 2016, passando de 1,4% e 1,8% para 1,6% e 2,2%, respectivamente. A Zona do Euro teve suas estimativas de expansão melhoradas em função do aumento de liquidez proporcionado pelo Banco Central Europeu (BCE) e de alguns indicadores de atividades que estão apresentando melhorias. A de 2014, passou de 0,8% para 0,9%. A de 2015 foi elevada de 1,1% para 1,4%. E a de 2016 subiu de 1,7% para 2%.
Os Estados Unidos tiveram suas expectativas mantidas. A maior economia do planeta cresceu 2,4% em 2014 e avançará 3,1%, este ano, e 3%, em 2016. A China deverá avançar 7% este ano e não mais 7,1% menos que a Índia que terá uma expansão de 7,7%, 1,3 ponto percentual acima da projeção anterior. Em 2016, o PIB chinês continuará desacelerando (6,9%) enquanto o indiano terá uma velocidade maior: de 8%.