A promessa de ajuste fiscal não anima a indústria. A desaceleração da economia, o fraco desempenho do setor e as incertezas sobre a capacidade do governo em contornar a crise determinaram a queda de 2,7 pontos do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), segundo estudo divulgado nesta terça-feira (17/3) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em março, o indicador ficou em 37,5 pontos na comparação com fevereiro, o menor nível da série histórica, que se iniciou em janeiro de 1999. Os valores da pesquisa variam de zero a cem pontos. Abaixo de 50 indicam a falta de confiança.
Os empresários também estão pessimistas em relação ao futuro. O índice de expectativas em relação ao comportamento das empresas e da economia nos próximos seis meses caiu 2,7 pontos em março, em uma redução de 41,4 pontos. O número também é o pior desempenho da série histórica. A desconfiança dos empresários está disseminada entre todos os segmentos da indústria. O ICEI indica que, nas indústrias de transformação, construção, e extrativa, os resultados ficaram em 37,2 pontos, 38,4 pontos e 40,7 pontos, respectivamente.