Com o bolso cada vez mais apertado, aumentaram as dificuldades do consumidor de honrar com os compromissos. A inadimplência subiu 2,33% em fevereiro em relação com o mesmo período do ano anterior, divulgou nesta terça-feira (10/3) o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo a entidade, há, em todo o país, 53,6 milhões de inadimplentes, o que representa 36,9% da população acima de 18 anos. Apesar da variação positiva, o índice é o menor da série histórica.
;A queda no estoque de crédito tornou mais restrita a concessão de empréstimos. Esse fenômeno tem provocado uma redução na base de dívidas a pagar;, destacou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Na contrapartida, a disparada da inflação, a alta dos juros, o avanço do desemprego e a queda na confiança das famílias, frente a um cenário de recessão, continuam a impactar para uma queda mais significativa do calote. Contudo, na comparação com janeiro, o indicador registrou queda de 0,14%.
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Cada inadimplente sustenta, em média, duas dívidas. O índice que mede o número de débitos em atraso subiu em fevereiro 1,81% frente ao mesmo período de 2014. Na participação do total de contas pendentes, o segmento de água e luz tiveram um aumento de 6,67% na variação annual. Entre as dívidas desse setor, as com demora de até 90 dias representam 19% do total, a maior diferenciação para essa faixa de atraso entre outros quatro setores pesquisados.