Em época de queda na arrecadação de impostos do governo e de ajuste fiscal, o que mais começa a aparecer são as vítimas dos cortes. Um grupo que anda bastante descontente com isso é o dos donos de agências de viagens. Eles estão deixando de ser intermediários nas compras de bilhetes aéreos do governo e as empresas de aviação e fizeram manifestação na manhã desta terça-feira (10/03) em frente ao bloco C do Ministério do Planejamento. No entanto, o órgão resolveu comprar a briga com o setor e afirmou que não pretende abrir mão da mudança do no expediente para a emissão de bilhetes.
De acordo com dados do Planejamento, a compra direta de passagens aéreas proporcionou redução média superior a 30% em relação aos preços praticados anteriormente. ;A expectativa é que a medida possa gerar uma economia potencial de despesas da ordem de R$ 132 milhões, considerando-se os gastos com passagens aéreas em 2014 e os ganhos alcançados até o momento com o projeto desenvolvido pelo órgão;, informou a assessoria da pasta chefiada pelo economista Nelson Barbosa, em nota.
Pelas contas do órgão, o preço médio de uma passagem de Brasília para o Rio de Janeiro comprado diretamente caiu de R$ 601, pelos dados de 2013, para R$ 216, uma economia de 64%. ;Os resultados positivos obtidos pela compra direta têm sido contestados por setores contrários à medida, que estão adotando ações sistemáticas contra a iniciativa, mesmo cientes dos ganhos de economia, racionalidade e controle dos gastos públicos;, afirmou o ministério em nota. ;Todas as medidas jurídicas têm sido derrubadas na Justiça, que reconheceu a legalidade do processo e os benefícios obtidos a partir da aquisição direta de passagens aéreas. O governo não vai ceder a interesses setoriais descontentes com projetos que beneficiam toda a sociedade;, concluiu.