O mercado aumentou o pessimismo com a expectativa sobre o principal indicador da atividade econômica no Brasil em 2015. A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos por um país) é de retração de 0,58% contra 0,5% do último relatório. O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:A estimativa está no boletim Focus, pesquisa junto a instituições bancárias divulgada semanalmente pelo BC. Se confirmado, o recuo no PIB será o maior desde 1990, quando o indicador despencou -4,35%. A projeção do dólar passou de R$ 2,90 para R$ 2,91.
Em semana de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), os investidores e analistas do mercado financeiro aumentaram a expectativa de fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia, para 2015. O mercado espera que a Selic chegue a 13% ao ano, o que implica um aumento até o fim do ano de 0,75 ponto percentual em relação ao patamar atual, de 12,25% A projeção anterior era que a taxa encerraria os doze meses em 12,75% ao ano.
O Copom se reúne nesta terça-feira (3/3) e quarta-feira (4/3) com o objetivo de definir a taxa básica para os próximos 45 dias. Os analistas do mercado também voltaram a elevar, nesta segunda-feira (2/3), a projeção para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 7,33% para 7,47%. O valor segue acima do teto da meta da equipe econômica para a inflação, que é 6,5%.
No caso da produção industrial, é esperado recuo de 0,72%, contra 0,35% na semana passada. A previsão para os preços administrados, que são os regulados pelo governo, passou de 10,4% para 11%.
A estimativa da dívida líquida do setor saiu de 37,9% e alcançou 38,2% do PIB. A projeção do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, ficou em US$ 79,1 bilhões contra US$ 78,4 bilhões anteriormente, O saldo projetado para a balança comercial aumentou, passando de US$ 4,4 bilhões ao patamar anterior de US$ 5 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados seguiram em US$ 60 bilhões.
(Com informações da Agência Brasil)