Jornal Correio Braziliense

Economia

Governo cede, mas não garante o fim da greve dos caminhoneiros

Ministro Miguel Rossetto apresenta lista de medidas a representantes da categoria para acabar com bloqueios nas estradas, que foi aceita. Excluído da primeira reunião, líder Ivar Schmidt rechaça acordo

Após um dia de tensão e de reuniões com representantes dos caminhoneiros, empresas transportadoras e líderes dos setores afetados pelos bloqueios das rodovias, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, anunciou a conclusão de um acordo, com propostas (veja quadro) sendo aceitas pela maioria dos líderes das manifestações. A desmobilização nas estradas começou ainda ontem. Mas Ivar Luiz Schmidt, do Comando Nacional dos Transportes, retirado da primeira mesa de negociações por ter sido considerado ;liderança excedente;, avisou, depois de reunião em separado com Rossetto, que o movimento está dividido e os protestos continuam.



Mais cedo, a presidente Dilma Rousseff disse que o governo não tem como baixar o preço do diesel e que não há aumento previsto. ;Não mexemos (no valor do litro), o que fizemos foi recompor a Cide;, afirmou, se referindo à retomada da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico sobre combustíveis. ;As reivindicações dos caminhoneiros são justas e o governo está convicto da importância de manter a Cide e de não flexibilizar a questão fiscal;, afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, ao sair da reunião no Ministério dos Transportes.

Propostas
Medidas anunciadas pelo governo

; Carência de 12 meses para o pagamento de financiamentos de caminhões

; Sanção sem vetos da Lei dos Caminhoneiros aprovada pelo Congresso

; Isenção de pagamento de pedágio por eixo suspenso em caso de caminhão vazio

; Manutenção do atual valor do diesel por seis meses

; Negociações para que empresários e caminhoneiros fixem tabela referencial para o preço de frete

Fonte: Presidência da República

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