Jornal Correio Braziliense

Economia

Venda de imóveis em São Paulo caiu 35,1% em 2014, diz levantamento

O levantamento, divulgado hoje (25), é do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP)

As vendas de imóveis no município de São Paulo chehgaram, em 2014, a 21,6 mil unidades - 35,1% a menos do que no ano anterior. O levantamento, divulgado hoje (25), é do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP).

;A decisão da compra de um imóvel requer investimento de grande valor monetário e contratação de um financiamento de longo prazo. Por isso, as vendas dependem do índice de confiança do consumidor, que em 2014 despencou, em virtude dos inúmeros fatos políticos e econômicos;, segundo nota técnica da entidade.

De acordo com o Secovi, o carnaval, que caiu em março, no ano passado, a Copa do Mundo de Futebol e as eleições presidenciais contribuíram para aumentar a insegurança "e desviar a atenção dos consumidores, que adiaram as decisões de compra".

O Secovi-SP salienta também que "graças a diversos fatores, como o marco regulatório do setor, a abertura de capital de incorporadoras e o Programa Minha Casa, Minha Vida, o mercado imobiliário vem se desenvolvendo. Porém, esses aspectos positivos têm sido anulados pela conjuntura econômica, pelo aumento dos custos de produção e outros fatores;.

De acordo com o levantamento, foram lançados 31,7 mil imóveis residenciais em 2014, na capital paulista - 7% menos que no ano anterior. Como a venda de imóveis caiu mais acentuadamente do que o número de lançamentos, o estoque de imóveis novos aumentou, gerando condição mais favorável para os compradores.

;A alta da oferta traz grande vantagem para os compradores, que encontram bons negócios. Vale ressaltar que mesmo com esse aumento do estoque, os preços dos imóveis não devem cair. A tendência, a longo prazo, é que subam, pois a produção de novas unidades na cidade de São Paulo deve ficar mais cara, em virtude das regras do novo Plano Diretor Estratégico;, ressaltou o Secovi.