Os Estados Unidos e cinco de seus aliados europeus alertaram neste sábado para o risco de falência da Líbia, caso os preços do petróleo continuem a cair. "Continuamos muito preocupados com o impacto econômico da crise política e da segurança na futura prosperidade da Líbia", escreveram em um comunicado Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e Itália.
[SAIBAMAIS]"Dada a produção de petróleo limitada e os preços, a Líbia enfrenta um déficit orçamentário que poderia consumir todo o seu rendimento financeiro, se a situação não se estabilizar", acrescentaram. A Líbia está em crise desde a queda de Muammar Kaddafi em 2011, após oito meses de revolução.
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O país é dirigido por dois governos rivais, um estabelecido por uma coalizão de milícias, Fajr Libya, que tomou a capital neste verão, e outro, reconhecido pela comunidade internacional e exilado no leste do país. A indústria do petróleo líbia tem sido muito afetada pela anarquia no país. Antes da revolta de 2011, a produção chegava a mais de 1,5 milhão de barris por dia, o que representava 95% das exportações e 75% das receitas.
A produção caiu para 350 mil bpd em dezembro. Fajr Libiy lançou uma ofensiva para operar os terminais de petróleo no leste do país. Esta semana, onze pessoas foram mortas em outro ataque contra o campo petrolífero de Al Mabruk (centro).
"Estes ataques minam os esforços dos líbios que trabalham para restaurar a paz e a estabilidade através das negociações patrocinadas pela ONU", dizem as potências ocidentais, "preocupadas com a crescente presença de organizações terroristas no país." Os Estados Unidos e seus aliados apelam a todas as partes envolvidas no conflito na Líbia para "participar construtivamente de um diálogo promovido pela ONU para alcançar rapidamente um cessar-fogo duradouro e um governo de unidade nacional".