O custo do querosene de aviação caiu aproximadamente 57% nos últimos quatro meses, mas o consumidor ainda não sentiu o benefício no preço das passagens aéreas, que continuam caras. As empresas alegam que não podem repassar à clientela o barateamento do produto porque parte da queda está sendo anulada pela alta do dólar. Para especialistas, no entanto, as companhias estão aproveitando a redução do combustível para reforçar ganhos e reduzir os prejuízos acumulados nos últimos anos.
Com a retração das cotações do petróleo em mais de 60% desde julho do ano passado, o preço do barril de querosene ; que é definido no mercado internacional ;, caiu de US$ 110 para US$ 47. Em contrapartida, o real perdeu cerca de 20% do valor em relação ao dólar de setembro a dezembro passado, argumentou a TAM, em nota.
A empresa alegou que, no mercado doméstico, a ;oscilação negativa da commodity é contrabalançada por uma constante depreciação da moeda brasileira, o que impõe uma pressão adicional de custos, em um momento de crescimento do país próximo a zero, e taxa de inflação perto do teto da meta estabelecida pelo governo;, de 6,5%.
A Gol admitiu que a queda no preço do barril de petróleo pode ajudar a recompor as margens operacionais da companhia. Os gastos com a commodity corresponderam a 40% de todos os custos da empresa no terceiro trimestre de 2014. As empresas também argumentam que sofrem impactos com o chamado ;hedge de combustível;, espécie de seguro para proteger as empresas das variações do petróleo. Por esse mecanismo, as companhias assumem em contrato o compromisso de comprar o querosene com base no preço estimado com meses de antecedência.
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