O Banco Central Europeu (BCE) comprará até 60 bilhões de euros de dívida pública e privada por mês entre março de 2015 e setembro de 2016. A anúncio foi feito pelo presidente da instituição , Mario Draghi, nesta quinta-feira (22/1). Com isso, a injeção de recursos na economia europeia poderá totalizar quase 1,2 trilhão de euros. A meta é estimular a atividade na Zona do Euro, que está estagnada e registrando uma perigosa deflação.
Segundo Draghi, o conselho de diretores do BCE decidiu lançar um programa ampliado de compra de ativos. A ofensiva monetária, por sinal, era esperada pelo mercado. Tanto que a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) acelerou o processo de alta e o dólar desabou. Às 12h57, a Bovespa registrava valorização de quase 1,5% e a moeda norte-americana era cotada a R$ 2,56.
Além da injeção mensal de recursos na economia euroéria, o BCE decidiu, conforme Draghi, manter os juros em seu nível historicamente baixo, de 0,05%. O uso de um programa desse tipo como instrumento de política monetária foi apoiado de forma unânime pelos 25 membros do conselho. O euro respondeu favoravelmente às medidas e caiu em relação logo após o anúncio da autoridade monetária, cotado a 1,151 por dólar.