Com as expectativas do mercado de que a inflação terminará o ano em 7%, o Comitê de Política Monetária (Copom) aumentou os juros básicos da economia em 0,5 ponto percentual. A decisão consensual dos membros no colegiado levou a Selic para 12,25% ao ano, o maior patamar desde agosto de 2011, quando estava em 12% ao ano.
Com a decisão do governo de reajustar tarifas administradas, como a energia elétrica que pode encarecer até 40%, e restaurar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre os combustíveis, as pressões inflacionárias serão maiores em 2015. Nas contas do Banco Central, mesmo com a alta de impostos e com a recomposição de preços será possível entregar uma inflação abaixo do teto da meta de 6,5%.
Além disso, a autoridade monetária assumiu um compromisso público de levar carestia para o centro da meta, de 4,5%, até o fim de 2016. No mercado, as expectativas da maioria dos analistas apontam que a autoridade monetária precisará levar a Selic a um percentual superior a 13% ao ano para conseguir cumprir a meta.