A escalada dos preços fez o consumidor cortar diversas despesas do dia a dia. Do chopinho depois do trabalho ao churrasco de domingo. Um item, no entanto, não entrou na lista: o aparelho celular. Mesmo em meio à paralisia do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os brasileiros seguiram ativos no consumo digital. Só em 2014, foram vendidos no país mais de 50 milhões de smartphones. A explosão dos telefones inteligentes marcou uma nova era: hoje, mais de metade da população tem acesso à internet.
Nos últimos dois anos, foram habilitados 100 milhões de conexões, entre linhas residenciais e móveis. E o ritmo vem acelerando. A cada segundo, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registra 1,8 novo pedido para acionar linha de internet. São 180 milhões de conexões ativas ; número que não representa o total absoluto de conectados, pois muitas pessoas têm múltiplos acessos à rede mundial de computadores, seja em casa, seja no trabalho, pelo celular ou pelo tablet.
Se o passo continuar acelerado, o Brasil deverá ultrapassar este ano o Japão e se tornar o 4; país com o maior número de acessos à rede. Serão 107,7 milhões de internautas, conforme projeções da consultoria eMarketer. Mas não para por aí. Com cada vez mais brasileiros conectados às novidades, a tendência é de as vendas em torno do mundo digital seguir a todo vapor. Assim, até 2018, o número de brasileiros com acesso à rede mundial de computadores chegará a 126 milhões.
;Mas ainda há espaço para aumentar tanto a cobertura quanto o uso da banda de dados no país;, alerta o professor de estratégia da Fundação Dom Cabral (FDC) Paulo Vicente Alves. Para isso, porém, o país precisaria ter políticas mais amigáveis ao investimento estrangeiro. ;Uma abertura de mercado atrairia recursos hoje aplicados nos EUA e na Europa, mas que buscam taxas de retorno melhores;, diz.
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