Mônica se casou aos 20 anos. Com 21, teve a primeira filha. Aos 23, veio a segunda e, aos 27, a separação. O divórcio trouxe a necessidade de comprar uma casa para morar com as meninas. Para isso, economizou, arduamente, um terço do salário até poder dar a entrada do imóvel, que hoje lhe rende um aluguel, já que, após o segundo casamento, decidiu mudar-se para um espaço maior. Como administradora de empresa, Mônica controla todos os gastos da família. Quando vai ao supermercado, nunca compra no calor da emoção. Jamais faz crediário, pois detesta pagar juros. Ao comprar à vista, sempre exige descontos de, ao menos, 5%. ;Isso representa 10 meses de rendimento da caderneta de poupança;, calcula.
Para Denise Hills, superintendente de Sustentabilidade e responsável pelo tema educação financeira do Itaú Unibanco, a firmeza com que Mônica administra as finanças deveria ser regra para todos, independentemente da idade. ;A principal característica dos brasileiros é a falta de planejamento, inclusive para o crédito. Há muitas pessoas que gastam sem ter a exata noção de quanto recebem por mês;, afirma. Ela reconhece que esse comportamento é cultural. A maioria das pessoas não traça planos para a vida. E o que é pior: mesmo que a renda aumente, a parcela poupada não cresce.
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Contribuição
A desinformação que estimula a gastança também prejudica quem tenta poupar. O corretor de imóveis Antonio Carlos Paduan, 52 anos, diz que, por causa dos baixos rendimentos da caderneta de poupança, optou por destinar as sobras de caixa para títulos de capitalização que prometem prêmios semanalmente. Ele tem quatro títulos, para os quais destina, mensalmente, R$ 200. O problema, asseguram os especialistas, é que a capitalização é um péssimo negócio. Não pagam sequer a inflação do período. Na verdade, os títulos só engordam o caixa dos bancos.
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