O Brasil está vivendo a fase mais promissora de uma Nação. A maior parte da população está na idade produtiva, ou seja, com capacidade plena para gerar riqueza. Toda a bonança, porém, tem prazo de validade. Acabará em 2040, quando seremos um país de velhos. A grande maioria dos brasileiros ainda não se deu conta do momento pelo qual estamos passando. Em vez de pouparem para o futuro, as pessoas estão focadas no presente, acumulando dívidas. Mas ainda é possível mudar a direção.
Aqueles que estão entre os 22 e os 50 anos de idade ; um público de 89,8 milhões de pessoas, ou 44,6% da população ; não podem perder tempo. Cada ano sem poupar significará um ano de problemas na velhice. ;Não há mágica. As pessoas que se preocupam em destinar parte dos salários para uma aplicação financeira certamente terão menos dificuldades para o sustento quando se aposentarem;, alerta Jurandir Sell Macedo, consultor de finanças pessoais.
Para ele, os trabalhadores que se empanturram com o crédito fácil devem, agora, trilhar o delicado caminho das finanças sustentáveis. Não se trata de aprender apenas uma ciência exata ou de calcular quanto do salário será reservado a cada mês. O fundamental é se adequar à realidade. Moldar projetos de vida de longo prazo. E entender que dinheiro é consequência de estudo e de trabalho. ;Organizar as finanças não é um fato trivial, mas os resultados são gratificantes;, garante Macedo.
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Que o diga Eugenia Alves Santana, 35 anos. Casada há 14, ela só começou a se organizar financeiramente depois do nascimento da filha, Eliza, 2 anos e 4 meses. Ela conta que aos 17 trocou o interior da Bahia por Brasília em busca de uma vida melhor. Na capital do país, terminou o ensino médio e trabalhou como secretária de uma empresa de construção civil. Quando se casou, retirou todo o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que havia acumulado e, com o marido, Alison, 42, arrematou uma loja de material de construção em São Sebastião, que pertencia ao tio dele.
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