Jornal Correio Braziliense

Economia

Presidente da CNI afirma que Brasil será melhor após Operação Lava Jato

Deflagrada em março deste ano, a operação apura um esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras com empresas privadas

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, disse acreditar que as investigações da Operação Lava Jato vão contribuir para aperfeiçoar os mecanismos contra corrupção, tornando o Brasil mais transparente. Deflagrada em março deste ano, a operação apura um esquema de superfaturamento de contratos da Petrobras com empresas privadas e de desvio e lavagem de dinheiro da estatal petrolífera.

[SAIBAMAIS];Esse é um processo de melhoria para o Brasil em termos de transparência e da redução do suborno e da corrupção;, disse Andrade, nesta terça-feira (16/12), durante a divulgação do Informe Conjuntural Anual, estudo da CNI com um balanço da economia brasileira este ano e previsões para 2015.

Andrade destacou que os reflexos da descoberta de irregularidades em vários contratos e das acusações contra dirigentes da estatal pode causar impacto negativo na economia brasileira ; justamente em um ano ;difícil e duro;, dado o quadro de estagnação econômica e de deterioração de vários indicadores econômicos. Mas disse também que é uma oportunidade, caso o país consiga encontrar formas de apurar e punir eventuais irregularidades sem paralisar obras e serviços.

;Muitos grandes países têm passado por situações semelhantes e até piores. Acho que nós, certamente, vamos sair melhores desse processo. O que muito nos preocupa é como as empresas [envolvidas] responsáveis por inúmeros projetos de infraestrutura vão dar continuidade aos seus projetos;, disse o presidente da CNI, destacando que a entidade defende a apuração da denúncia e a responsabilização de eventuais culpados.



;Mas temos que encontrar soluções para que as empresas possam continuar trabalhando. As obras de infraestrutura que estão sendo feitas por essas empresas não podem ser paralisadas [sob o risco de um prejuízo ainda maior]. É preciso encontrar mecanismos que permitam que isso aconteça em condições diferentes daquelas que tinham sido inicialmente pactuadas;, concluiu Andrade.