postado em 15/12/2014 09:30
Os preços baixos do petróleo vieram para ficar, ao menos a médio prazo, de acordo com declarações feitas ontem por líderes de países exportadores do produto. Para a Petrobras, essa situação traz, de um lado, alívio ao caixa, mas pode resultar em obstáculos para os planos de investimentos. A folga na diferença entre o que a estatal paga para trazer a commodity do exterior e o valor de venda dos combustíveis nas refinarias pode ajudá-la a reequilibrar suas contas. Mas, se as cotações internacionais ficarem baixas por longo período, os projetos de exploração do pré-sal, de elevado custo, podem se tornar inviáveis.
[SAIBAMAIS]O ministro do petróleo do Kuwait, Ali al-Omair, defendeu ontem a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), tomada no mês passado, de manter a produção inalterada, publicou a agência de notícias estatal do país. ;A Opep, que inclui o Kuwait, tomou a decisão de não cortar a produção a fim de manter a participação de mercado, ainda que isso afete negativamente os preços;, afirmou ele.
O petróleo tipo Brent ficou abaixo de US$ 62 por barril na sexta-feira, com queda de 3% em relação à véspera, atingindo o menor patamar em cinco anos. Uma das principais causas disso foi o fato de a Agência Internacional de Energia (AIE) ter reduzido a previsão para o crescimento da demanda em 2015.
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