Com os altos preços cobrados pelos planos de saúde, muitos consumidores encontraram, nos cartões pré-pago, de saúde ou nas modalidades que oferecem descontos, uma forma de ter acesso aos serviços privados a um custo menor. A alternativa, contudo, pode se transformar em uma grande dor de cabeça. Sem qualquer regulação, o serviço oferecido pode deixar na mão o consumidor, à medida que não há um rol predefinido de coberturas. Dessa forma, na hora em que mais precisa, o cliente pode desembolsar muito mais do que se estivesse em um convênio.
Ao se vincular a um cartão pré-pago, o cliente paga uma mensalidade que, segundo a associação de consumidores Proteste, gira, nas principais empresas, em torno de R$ 35 para uma pessoa entre 25 e 35 anos. No mercado, contudo, é possível encontrar o produto por até R$ 15. Além desse valor, a pessoa também paga uma recarga, que pode ter um valor mínimo ou não, e é utilizada para pagar a consultas e exames. A empresa que oferece o cartão tem convênios com laboratórios e clínicas e negocia preços mais baratos. Na Clube Azul, uma das empresas que realizam esse tipo de venda, por exemplo, o preço de consultas é tabelado, R$ 63.
Em um cenário de reajuste de mensalidades de planos de saúde acima da inflação ao longo de toda a década, os valores são atrativos para quem vai ao médico poucas vezes ao ano e não necessita de exames complexos. O problema é quando o paciente precisa realizar uma internação ou procedimentos com maior complexidade. Uma internação, por exemplo, pode custar entre R$ 2 mil e R$ 6 mil a diária em um quarto coletivo. Isso quando está incluída no pacote.
;Tem muita gente que não consegue pagar um plano, e o cartão se torna a única opção. Mas é necessário prestar muita atenção ao que a empresa oferece e o que fica de fora. E saber que está sujeito a desembolsar um dinheiro maior em uma emergência;, pondera a advogada Joana Cruz, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Idec).
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