Jornal Correio Braziliense

Economia

Alta do dólar eleva débitos de bancos e empresas contraídos no exterior

Só as instituições financeiras assumiram, nos últimos quatro anos, fatura de US$ 50 bilhões, o que com a valorização do câmbio, reduz disponibilidade de recursos no mercado interno



Como as dívidas foram feitas na moeda norte-americana, no momento em que as operações forem liquidadas, será preciso vender reais no mercado, trocar por dólares e, só então, quitar os contratos. Acontece que, quanto mais o dólar avançar, mais alto será o valor final a pagar pelo empréstimo feito lá atrás. E a conta só aumenta. Em três meses, a moeda norte-americana subiu 17%. Apenas na semana passada, a alta foi de 2,2%. Durante o pregão da sexta-feira, a divisa chegou a ultrapassar os R$ 2,67, mas perdeu força ao longo do dia e terminou a sessão cotada a R$ 2,651 ; ainda assim no maior patamar desde abril de 2005.

[SAIBAMAIS]Mesmo que queiram rolar os empréstimos contraídos, os bancos vão encontrar condições piores do que as que tiveram quando fizeram essas operações, porque, além do dólar mais elevado, também os juros praticados lá fora tendem a aumentar, à medida que os EUA coloquem em prática o aperto monetário previsto para 2015.

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