Jornal Correio Braziliense

Economia

Petróleo cai ao menor patamar em cinco anos em Nova York e Londres

Os doze países, que extraem cerca de um terço do petróleo bruto do mundo prevê uma aumento da demanda de 1,12 milhão de barris por dia em 2015

Nova York- Os preços do petróleo em Nova York e Londres caíram ao menor patamar em cinco anos nesta quarta-feira (10/12) afetados por uma redução das projeções da demanda mundial pela Opep e uma alta inesperada nas reservas de petróleo bruto dos Estados Unidos.

O barril de "light sweet crude" (WTI) para entrega em janeiro caiu 2,88 dólares no New York Mercantile Exchange (Nymex) a 60,94 dólares, seu nível mais baixo desde julho de 2009.

Em Londres, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em janeiro fechou a 64,24 dólares no Intercontinental Exchange (ICE), uma queda de 2,60 dólares em relação ao fechamento de terça-feira (9/12). Também se trata da menor cotação desde julho de 2009.

"Os preços do petróleo estão de novo sob pressão após a revisão em baixa pela Opep de suas previsões de (aumento do) consumo mundial de petróleo", disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates.

Os doze países, que extraem cerca de um terço do petróleo bruto do mundo prevê uma aumento da demanda de 1,12 milhão de barris por dia em 2015, a 92,26 milhões de barris por dia, contra um aumento de 1,19 milhão previsto até agora.

Para este ano, a Opep espera uma aumento de 0,93 mbd a 91,13 mbd, contra o crescimento de 1,05 mbd previsto anteriormente. "A Opep además redujo sus estimaciones de demanda para su propia producción a 28,9 millones de barriles diarios, y reafirmó su intención de mantener una cuota de 30 millones de barriles al día", destacó Matt Smith de Schneider Electric.



A queda de preços, que caíram mais de 40% desde meados de junho, foi reforçada na quarta-feira por um aumento inesperado nas reservas de petróleo brutos dos EUA. As reservas de petróleo bruto cresceram 1,5 milhão de barris, a 380,8 milhões na semana encerrada em 5 de dezembro, quando os analistas consultados pela agência Dow Jones Newswires previam uma queda de 2,7 milhões de barriles.

As reservas de produtos refinados aumentaram 5,6 milhões de barris, a 121,80 milhões, muito acima da previsão de aumento de 600.0000. As reservas de gasolina tiveram alta de 8,2 milhões de barris, a 216,8 milhões, superando a previsão dos analistas (%2b2,2 milhões de barris).