O Congresso Nacional abriu a sessão desta quarta-feira com o placar de presença da sessão tumultuada de ontem: 424 deputados e 59 senadores. O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) iniciou os trabalhos sob protestos da oposição por volta das 10h20, ou seja, 20 minutos após o horário marcado pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Manifestantes foram impedidos de acessar as galerias e houve tumulto na chapelaria.
Líder do Democratas na Câmara, Mendonça Filho criticou a violência contra os manifestantes nas galerias de ontem, que acabou interrompendo a sessão para a votação do projeto de lei que altera a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que elimina a meta fiscal do governo federal para 2014, solicitou a verificação de presença porque alegou que não havia quórum para a reabertura hoje. ;Mais uma vez o governo não faz a maioria aparecer e quer ganhar no grito;, disse Mendonça Filho solicitando o encerramento da sessão por falta de quórum mínimo, que são 257 deputados e 41 senadores. Ele apelou para o bom senso de Chinaglia. ;Não se contamine com esse autoritarismo, deputado;, emendou.
O deputado petista manteve sua posição alegando que a sessão poderia ser reiniciada porque, ontem, ela não foi encerrada. ;O quórum foi conquistado ontem. Como a sessão foi suspensa, ele está mantido. Estamos dando continuidade à sessão de ontem;, alegou pouco antes da chegada de Renan. ;Nós não temos quórum. Por favor encerre a sessão;, reiterou Mendonça Filho.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) também pediu a palavra e reivindicou a recontagem no painel e encerramento da sessão por falta de quórum e lamentou a ausência da cidadãos nas galerias. Caiado foi um deles. ;Agora quando é para apagar as digitais da presidente de um crime, fecharam as portas. Baixou o espírito de Hugo Chaves na presidente", disse ele pedindo o encerramento da sessão. "Esse Congresso não é venezuelano", afirmou.
Osenador Aécio Neves (PSDB-MG) também criticou os ocorridos de ontem e nesta manhã e lamentou ver as galerias vazias. ;Estamos vivendo uma triste momento vendo as galerias dessa casa fechada à população brasileira. Vossa excelência se equivoca;, disse ele destacando as mentiras da presidente mentiu ao afirmar que não havia problemas nas contas públicas e que o governo tinha condições de cumprir a meta fiscal durante a campanha eleitoral. ;Hoje o governo pode promover um choque fiscal que pode chegar a R$ 90 bilhões. Hoje, a Presidência coloca de joelhos a sua base no congresso nacional;, disse ele lembrando que a inflação se encontra no teto da meta e ao estabelecer que cada parlamentar tem um preço. "Essa é uma violência jamais vista nessa casa", bradou Neves.