Brasil, Argentina e Venezuela terão ;baixíssimas; taxas de crescimento econômico em 2014 e, por conta disso, devem prejudicar o desempenho econômico de toda a América Latina no ano. A constatação é da secretária-executiva da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), Alicia Bárcena, que disse nesta terça-feira (02/12) que os três países têm enfrentado dificuldades para superar as adversidades advindas de uma ;lenta e heterogênea recuperação mundial;.
Nas contas da entidade vinculada às Nações Unidas (ONU), o Brasil terá uma taxa de crescimento de apenas 0,2% em 2014, projeção semelhante à do consenso dos analistas de mercado financeiro brasileiro, que preveem expansão de 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano ; o pior desempenho desde a recessão de 2009, quando a economia encolheu 0,3%.
Se o desempenho brasileiro não agrada, o de Argentina e o da Venezuela serão ainda piores, prevê a Cepal. O país portenho, destino de cerca de um terço das exportações brasileiras, deverá registrar uma retração de 0,2% do PIB em 2014.
Já a Venezuela terá um ano para se esquecer. Além de sofrer com uma inflação acima de 60% ao ano, a economia do país cuja maior fonte de riqueza é o petróleo deverá encolher 3% em 2014. Mas pode piorar, já que, apenas recentemente, os preços do combustível começaram a despencar mundo afora, e, pelo menos por ora, ainda não há perspectiva de reversão desse quadro de queda das receitas via exportação de petróleo.
O resultado do baixo desempenho de três das cinco maiores economias da América Latina será um menor crescimento de toda a região, disse a Cepal. ;Principalmente por conta desses países (Brasil, Argentina e Venezuela), a América do Sul deverá crescer 0,7% este ano, desacelerando bastante de um crescimento de 2,8%, em 2013;, sacramentou Alicia.