O volume de dinheiro emprestado pelos bancos às empresas e aos consumidores alcançou em outubro R$ 2,926 trilhões, com alta de 0,8% sobre setembro e de 12,2% em 12 meses. Apesar da elevação no mês, o crédito vem mostrando desaceleração frente aos resultados acumulados no ano. Mesmo assim, já se aproxima da marca de R$ 3 trilhões.
Em outubro, o estoque de dinheiro na economia alcançou 57,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um avanço sobre os números de setembro, com 57,2% e contra outubro de 2013, com 54,7%. Mesmo com o crescimento desta base, o Brasil ainda ostenta um estoque de crédito relativamente baixo em relação a outras economias avançadas, como os Estados Unidos, Japão e até mesmo países latino-americanos como o Chile. Nessas localidades, o crédito muitas vezes supera 100% do PIB.
No caso do Brasil, o maior avanço nos últimos anos foi nos empréstimos direcionados, especialmente feitos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e (BNDES) e outras instituições públicas como a Caixa Econômica Federal. No entanto, à medida que o governo foi perdendo a capacidade de injetar dinheiro nessas instituições, em função da debilidade das contas públicas, o volume de crédito direcionado desacelerou. Mesmo assim, não a ponto de superar as demais modalidades de empréstimos concedidas livremente entre os bancos para os clientes de uma forma geral.
Em outubro, o crédito direcionado avançou 1,5%, já as operações com recursos livres tiveram crescimento bem menor, de 0,2%. Em 12 meses, até outubro o crédito direcionado já acumula alta de 21,5%, ao passo que os empréstimos com recursos livres avnaçaram apenas 4,9% no mesmo período.