Diante desse quadro, a nova equipe econômica formada pelo triunvirato Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento) e Alexandre Tombini (Banco Central) terá que transpor uma barreira enorme até que a credibilidade do governo seja resgatada. O Palácio do Planalto acredita que, ao optar por economistas com visões bem diferentes das que prevaleceram nos últimos quatro anos, tende a diminuir a resistência dos empresários em relação a Dilma. Durante a campanha eleitoral ficou claro que, para a maioria dos donos do dinheiro, mais um mandato da petista seria péssimo para o país.
Tanto Levy quanto Barbosa já sinalizaram ao empresariado que podem baixar a guarda e retirar os projetos de expansão dos negócios das gavetas. Além de um combate mais duro à inflação, prometem reduzir o intervencionismo do Estado na economia e arrumar as contas públicas. Pode ser apenas um discurso de quem sabe o tamanho do campo minado que tem pela frente. Mas não há outra saída. A única forma de o ritmo da atividade destravar é fazer com que as empresas voltem a acreditar no governo.
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À espera do IBGE
Somente no segundo trimestre, os investimentos encolheram 6,8%. E nada garante que voltaram a crescer entre julho e setembro. Não com a força de que a economia precisa. Na próxima sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará os resultados do terceiro trimestre. Os analistas mais otimistas preveem avanço de 0,8% ante o desempenho de abril a junho. Com isso, a taxa de investimento em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) ficará na casa dos 16%, o segundo menor nível entre as economias que integram do G20, grupo que reúne os 19 países mais ricos e a União Europeia). Só ficará à frente do Reino Unido, com 15,5%.
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