Nunca o mundo teve tantos jovens quanto agora. Levantamento inédito do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), a ser divulgado esta manhã, mostra que eles são 1,8 bilhão de pessoas. Engrenagem do futuro, 60% da juventude mundial está condenada por estar sem acesso à educação e, por tabela, ao mercado de trabalho. Pior: mais de 500 milhões lutam para viver com menos de US$ 2 por dia, abaixo portanto da linha de pobreza considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O Brasil figura no sétimo lugar no ranking dos países com maior número de jovens: 51 milhões. As primeiras posições são ocupadas por Índia (356 milhões) e China (269 milhões). Segundo o relatório, os entraves educacionais e culturais vividos pelos jovens têm ;profundo efeito; sobre as perspectivas globais. Com investimentos certos, esse público pode representar uma oportunidade ímpar ao ;crescimento econômico rápido e à estabilidade;.
Assim como diversos jovens brasileiros, o mineiro Douglas Ferreira de Almeida, 18 anos, abandonou os estudos há quatro anos para ajudar a família com os gastos de casa. Natural de Arinos (MG), ele cursou até o primeiro ano do ensino fundamental. ;Vim para Brasília e comecei a trabalhar. Sem o apoio dos meus parentes fica difícil voltar a estudar. Tenho vontade de voltar para a sala de aula, mas é complicado conciliar as duas coisas;, suspirou.
Leia mais notícias em Economia
A pesquisa aponta a educação de qualidade como a maior prioridade ; tanto para países ricos quanto para países pobres ; em uma agenda de desenvolvimento mundial para os próximos 15 anos. Outras iniciativas estratégicas, acrescenta o texto, são necessárias para que esses jovens se tornem adultos em um mundo com melhores indicadores econômicos e sociais. Entre elas estão saúde, maior presença feminina nas áreas de decisão e ;vida livre de violência e discriminação;.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.