Jornal Correio Braziliense

Economia

Em entrevista, ministro do Desenvolvimento defende a política industrial

Ele reclama da queixa de empresários: "É injusta a crítica"



Mas a taxa média de crescimento da economia brasileira nos últimos quatro anos foi de só 1,7%.
Sim, mas não esqueça que, ano passado, o Brasil cresceu 2,5%, com todas as dificuldades reconhecidas. Se confirmarmos uma expansão de 0,3% neste ano, também não será nada horroroso se comparado à média mundial. É esperado que países menos desenvolvidos tenham crescimento maior do que os mais desenvolvidos. Parece razoável esperar uma taxa maior do que a dos Estados Unidos, do Japão e da Europa. Mas esperar que o Brasil avance mais que o Peru, sem indústria consolidada, não. Espero mesmo que cresçam mais do que nós. Essa é a lógica do mundo.

A presidente Dilma Rousseff prometeu, em 2011, atingir uma taxa de investimento de 25% do PIB, mas ela está em torno de 16%. O que deu errado?
Não deu nada errado. Estamos vivendo um período de grande dificuldade econômica no mundo e temos lá nossos problemas estruturais. Não estou dizendo que a responsabilidade é da crise internacional. Mas as soluções não são simples. A grande questão hoje é como sair dessa crise de forma organizada. Uma economia se desorganiza quando há taxa elevada de desemprego e grande queda do rendimento do trabalho. Não desmontamos emprego nem renda. Estamos felizes? Não.

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