O presidente da Bolsa de Valores de São Paulo (BM), Edemir Pinto, afirmou ontem que as denúncias de corrupção da Petrobras poderão prejudicar o mercado de capitais do país, dificultando o financiamento de empresas brasileiras aqui e no exterior. Economistas veem, porém, com cautela os potenciais efeitos, ressalvando que isso afetará mais alguns setores do que outros. E também que a apuração das denúncias, com punição dos culpados, poderá beneficiar o mercado e o país de forma mais ampla.
José Márcio Camargo, professor de economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e sócio da Opus Investimentos, afirmou que a Petrobras e as empreiteiras envolvidas serão, sem dúvida, afetadas nos custos para a captação de recursos para investir. ;Mas não vejo por que uma empresa do setor de alimentos, por exemplo, teria problemas;, ponderou.
Eduardo Velho, economista-chefe da INVX Global Partners, citou outro setor: educação. ;Assim como o de alimentos, está descolado dessa situação. A tendência é que os brasileiros gastem mais com o seu preparo, o que aumenta as possibilidades de ganhos dessas empresas;, analisou. Para Camargo, a ampliação do prejuízo poderá vir caso as denúncias da Petrobras afetem a nota do país pelas agências de risco. Embora foque os papéis do governo, é algo que afeta a avaliação de todas as empresas.
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