Jornal Correio Braziliense

Economia

Queda do emprego industrial reflete baixa produção, disse Mauro Borges

Borges destacou que a perda do emprego industrial no Brasil, desde 2008, ficou abaixo da registrada em outros países

A queda no emprego industrial divulgada, nesta quarta-feira (12/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), reflete o baixo nível da produção este ano, avalia o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges. Ele disse esperar recuperação para o próximo ano.

Borges destacou que a perda do emprego industrial no Brasil, desde 2008, ficou abaixo da registrada em outros países. ;Temos, nos países desenvolvidos, nesse período de crise, de 2008 até aqui, uma queda do emprego industrial em torno de 15% a 20%. Isso, sem pegar países fora da curva como Espanha e China. No Brasil, essa perda de emprego, é 2,5% em média, somando todo o período;.

[SAIBAMAIS]O ministro acredita em recuperação da atividade do setor industrial em 2015. ;Acredito que com a desova em uma escala maior da infraestrutura, no ano que vem, a atividade industrial vai voltar positiva, e, evidentemente, o emprego industrial;, comentou.

Mauro Borges disse que o Plano Brasil Maior - estratégia do governo para estimular a indústria - contribuiu para defender o setor da crise econômica. ;Teve uma parte importante, defensiva, que foi absolutamente fundamental para evitar uma grave crise de redução do emprego industrial, redução da produção industrial brasileira;, declarou.



Borges disse que o Programa Inova Empresa, que faz parte do Plano Brasil Maior, fechou contratos de aproximadamente R$ 28 bilhões, dos R$ 32,9 bilhões previstos em recursos, de acordo com balanço do programa, apresentado na última segunda-feira (10), na reunião do Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), presidido por ele.

O ministro comentou ainda a situação do câmbio. Na semana passada, o dólar fechou a R$ 2,56 pela primeira vez em nove anos. Segundo ele, a estabilidade do câmbio é mais importante para as exportações do que o dólar em alta. "A partir de R$ 2,40, temos um câmbio competitivo. É obvio que do ponto de vista do desempenho exportador, um câmbio de R$ 2,50 é melhor do que de R$ 2,40, mas, melhor do que nível, é estabilidade cambial".

Mauro Borges deu as declarações durante o seminário Indústria para Quê? - Temas, Perspectivas, Instituições e Políticas, organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, presidida por ele.