O Brasil chega mais fraco à reunião de cúpula do G20, no próximo fim de semana, na Austrália. Às vésperas de assumir o segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff tem pouco a se orgulhar dos números da economia desde o último encontro do grupo, em 2008, ano da crise financeira internacional. Fora isso, estará acompanhada do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o mais longevo representante da pasta da era republicana, mas que em outubro foi descartado por ela mesma e não permanecerá no cargo.
Ao fazer uma simples comparação de alguns dados econômicos de 2008 com estimativas para 2014, é possível perceber a discrepância. O Brasil daquela época celebrava uma das mais altas taxas de crescimento entre os membros do G20, a inflação estava mais próxima do centro da meta, de 4,5% ao ano, e a nação acabava de entrar para o seleto clube de países com grau de investimento, aqueles com baixo risco de calote nos títulos públicos e que atraem o capital externo. O Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva estava no centro do debate. Falava-se de um descolamento dos emergentes em relação à crise e, nesse contexto, o país estava bem na foto.
O próprio Mantega, hoje demissionário, foi um dos principais articuladores do encontro. O Brasil presidia o G20. Neste ano, o ministro será um mero coadjuvante, sem a representatividade de quem tem o destino da economia do país pela frente e com poucos dados positivos para apresentar.
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