O reajuste do preço dos combustíveis não foi suficiente para gerar otimismo dos investidores com a Petrobras. Ontem, os papéis preferenciais da estatal fecharam em alta na Bolsa de Valores de São Paulo (BM), mas a valorização foi atribuída às notícias sobre o crescimento lento do emprego nos Estados Unidos, que, ao indicar que a elevação dos juros naquele país ainda pode demorar, provocaram ordens de compra no mercado brasileiro. Até então, as ações mostravam baixa superior a 3%. No fim do pregão, as preferenciais registraram elevação de 1,49% e as ordinárias, de 1,62%.
Segundo profissionais do mercado, a correção de 3% da gasolina nas refinarias veio abaixo do esperado. Para o consumidor, porém, combustível mais caro é sempre uma preocupação. Em Brasília, quem correu para abastecer o carro na manhã de ontem ainda encontrou o produto pelo preço antigo, entre R$ 3,12 e R$ 3,15 por litro. Em alguns postos, o movimento cresceu 50%. Apesar de os empresários não terem repassado o reajuste anunciado na quinta-feira pela Petrobras, alguns estabelecimentos já haviam recebido o combustível do fornecedor com aumento, e sinalizavam que os valores devem ficar mais salgados neste fim de semana.
Nos postos do Sudoeste, o preço na bomba era de R$ 3,15. Gerentes afirmaram que ainda não sabiam quando exatamente o valor aumentaria. Mas funcionários admitiam que os clientes poderiam ter uma surpresa ainda no fim da tarde. ;É por isso que não acredito em promessas de campanha. Menos de 15 dias após o segundo turno, o aumento chegou. Assim que soube, vim logo abastecer;, destacou o empresário Reginaldo Valêncio, 58 anos. Em seus cálculos, o preço na bomba deve chegar aos R$ 3,25. ;Economizei R$ 0,10 por litro;, comemorou.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.