é um exemplo de como uma boa ideia aliada a uma gestão profissional pode resultar em um caso de sucesso. ;Quando começamos era eu mesmo que fazia as entregas. Hoje tenho dois funcionários que atuam na distribuição e uma equipe que trabalha comigo no escritório;, diz, orgulhosa a empreendedora. Por mês, a empresa, que atua na região de Sorocaba (SP) e na capital paulista, vende aproximadamente oito toneladas de frutas. Com a demanda cada vez maior, a empresária já pensa em expandir o negócio e atender o restando do estado.
Para afinar o serviço, Alessandra acompanha de perto cada passo, que vai da colheita à distribuição. ;O período entre a colheita e a entrega ao cliente é de, no máximo, três dias;, garante a empreendedora, que teve adquirir uma van para cuidar exclusivamente da distribuição. Segundo ela, a possibilidade de comprar uma fruta fresca direto do campo pela web é o que a diferencia da concorrência. ;A maioria das laranjas compradas em feiras e supermercados são colhidas e enviadas para a indústria, onde são separadas por tamanho, lavadas, enceradas, encaixadas e, somente após esse processo, são distribuídas. As nossas são colhidas e já ensacadas para a entrega;, explica.
A empresária também se cercou de profissionais que são cobrados para trazer as melhores práticas ao negócio. Agrônomos contratados orientam desde a plantação até a melhor forma de manejar os produtos. ;Fazemos uma seleção cuidadosa. Antes de distribuirmos as frutas, os sacos são analisados para que não haja nenhuma laranja amassada ou estragada;, afirma.
Ao montar o site, preocupou-se com o design e com as possibilidade de o cliente efetuar o pagamento do pedido. ;Por meio da internet conseguimos organizar as entregas com maior agilidade. Também oferecemos meios de pagamento ao cliente que nos permite agilizar as vendas;, acrescenta. ;O e-commerce está cheio de pessoas querendo vender e oferecer algo novo, com uma qualidade diferenciada. No fim, isso faz toda diferença;, acredita.
, localizada na pequena cidade de Itaqui, no Rio Grande do Sul, são vendidos. Ao modernizar o negócio da família, Pedro Candelária, de 33 anos, abriu as porteiras da propriedade, que tem mais de 150 anos de tradição, para clientes de todo o país e do exterior. Atualmente, as vendas realizadas pela loja virtual representam algo em torno de 10% a 15% do faturamento total da empresa.
Devido ao aumento do volume de pedidos, novos funcionários tiveram que ser contratados para atender a alta demanda de e-mails, assim como cuidar da preparação das encomendas. Preocupado com a qualidade dos serviços, Candelária explica que busca sempre aperfeiçoar procedimentos importantes ao negócio, como a logística e o atendimento ao cliente. ;Vender on-line implica uma presença forte e constante. Verificamos o que está funcionando mal e tentamos melhorar, além de buscar investimento constante para conseguir um melhor retorno e a satisfação do consumidor;, relata, defendendo que a credibilidade é o ponto chave do e-commerce. ;O cliente que compra on-line sabe o que quer. É um conhecedor sobre o mundo dos vinhos. Por isso temos o cuidado de disponibilizar o máximo de informações possíveis como prazos de entrega, meios de pagamentos e diferentes tipos de frete. Tratamos os consumidores como gostamos de ser tratados;, relata.
como alternativa para alavancar as vendas, que antes eram restritas a participações em feiras e ao boca-a-boca dos clientes. ;É por lá que divulgamos os nossos produtos, vendemos e, a cima de tudo, mostramos que o cultivo é feito de forma completamente orgânica;, explica. Elaborar um método de pagamento seguro foi ponto de partida para a confecção da página virtual. ;Assim como me preocupo em comprar as sementes em um site seguro, quero que o meu cliente sinta que as informações pessoais dele estão protegidas e que terá a encomenda entregue dentro do prazo estipulado;, salienta.
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Com o retorno, ela conseguiu profissionalizar o negócio e investir em equipamentos de primeira linha para a cozinha. ;Chego a comprar 10 mil embalagens de pimenta por ano para dar conta dos pedidos;, afirma. Feliz com a empreitada, ela admite que fez uma tacada certeira quando resolveu procurar por segmentos diferenciados. ;Meu investimento inicial foi de R$ 100. Hoje não vendo minha marca por menos de R$ 1 milhão;, diz.
O diretor-executivo da Emater-DF, Carlos Banci, explica que, antes de partir para a venda ao consumidor final, o produtor deve submeter os itens a um processo de certificação junto a um organismo credenciado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou Anvisa. ;O agricultor tem que cumprir metas de boas práticas agrícolas para garantir a segurança do alimento que será comercializado. Essa entidade verifica o produto, embala e o rastreia por código de barras. Dessa forma, é possível saber a sua origem e a fazenda onde foi feito;, explica.
Para ele, uma forma atrativa para esses empreendedores diminuírem custos e ganharem força é a união em associações ou cooperativas. ;Para o pequeno agricultor pode resultar difícil fazer a venda, a entrega, o acompanhamento do pedido, tudo sozinho. Por isso estimulamos as cooperativas. Dessa forma ele pode se concentrar naquilo que sabe fazer e deixar para essa organização a função de comercialização, seja no atacado, no varejo ou no delivery;, explica.
Juntos para vender
Unir forças foi justamente a saída que 36 pequenos produtores de sete estados brasileiros encontraram para aumentar os lucros nas vendas de grãos e de produtos artesanais. Criada em 2010, a cooperativa funciona como uma ponte entre os agricultores familiares e os consumidores. Para aumentar as vendas, a associação criou um site que permite oferecer os itens para todas as regiões do país.
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Segundo o gerente administrativo da cooperativa, Marcos Fonseca, a ideia de investir no e-commerce surgiu a partir do crescente interesse dos clientes em adquirir os produtos fora do espaço das tradicionais feiras, que aconteciam de forma esporádica em alguns estados.
A Central do Cerrado funciona da seguinte forma: os associados, que vivem espalhados por regiões como Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso e Goiás, enviam as mercadorias produzidas para a unidade sede, em Sobradinho (DF), cidade localizada a 23km de Brasília, que estoca e dá o toque final ao material. ;Tem uma tribo no Mato Grosso que faz o transporte da mercadoria de barco até um município próximo e, em seguida, coloca os produtos em caminhões para chegar até Cuiabá (MT). Só então que seguem para o DF;, relata o gerente. Mas o esforço vale a pena. Com a contribuição dos associados, a cooperativa investiu na profissionalização de diferentes etapas do processo como na manipulação das iguarias - que inclui pequi, baru, jatobá, babaçu, buriti, mel, entre outros. A embalagem dos itens, que são enviados aos clientes por meio dos Correios, também foi aprimorada para garantir uma melhor apresentação. Dependendo da época do ano, o número de pedidos pela web chega a 300 por dia.
Fonseca lembra que a preocupação inicial no momento do desenvolvimento do site foi oferecer uma forma segura de pagamento, que resguardasse tanto a cooperativa, quanto o comprador. Depois disso, o foco voltou-se para a valorização dos produtos em si. ;Destacamos os itens com fotos de boa qualidade e com a história da comunidade que desenvolveu as mercadorias. Para nós é importante que o consumidor entenda de onde vem esses produtos e como eles são feitos;, esclarece.
Na opinião do gerente da unidade de agronegócios do Sebrae, Roberto Faria, as vendas on-line têm ainda mais atratividade para aqueles que trabalham com produtos agroindustrializados. ;Sucos, doces e compotas, por exemplo, têm um potencial excelente para a comercialização na web. Se ele (o produtor) ainda conseguir verticalizar a produção é possível aumentar a escala e alcançar uma rentabilidade maior;, conta, sem esquecer do setor de hortifruti. ;É claro que há a dificuldade por se tratar de itens perecíveis e, por isso, o ;timing; (da plantação à logística) precisa ser muito bem ajustado. Porém, oferece uma oportunidade incrível;, comenta.
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Para ele, o e-commerce é uma tendência que cresce a cada dia. Porém, antes de entrar de colocar todas as fichas na plataforma, o empreendedor deve ver o espaço virtual como um canal a mais de comercialização. Além disso, é fundamental que esteja atento ao funcionamento de cada passo da cadeia produtiva. ;Às vezes, o produtor é um craque para produzir, mas quando chega na hora de comercializar, de fazer o controle financeiro, de divulgar o produto ele acaba travando. Então, independentemente do volume de produção, a gestão é primordial para se manter os negócios nos eixos. Seja no ambiente físico ou no virtual;, diz.
Para afinar o serviço, Alessandra acompanha de perto cada passo, que vai da colheita à distribuição. ;O período entre a colheita e a entrega ao cliente é de, no máximo, três dias;, garante a empreendedora, que teve adquirir uma van para cuidar exclusivamente da distribuição. Segundo ela, a possibilidade de comprar uma fruta fresca direto do campo pela web é o que a diferencia da concorrência. ;A maioria das laranjas compradas em feiras e supermercados são colhidas e enviadas para a indústria, onde são separadas por tamanho, lavadas, enceradas, encaixadas e, somente após esse processo, são distribuídas. As nossas são colhidas e já ensacadas para a entrega;, explica.
A empresária também se cercou de profissionais que são cobrados para trazer as melhores práticas ao negócio. Agrônomos contratados orientam desde a plantação até a melhor forma de manejar os produtos. ;Fazemos uma seleção cuidadosa. Antes de distribuirmos as frutas, os sacos são analisados para que não haja nenhuma laranja amassada ou estragada;, afirma.
Ao montar o site, preocupou-se com o design e com as possibilidade de o cliente efetuar o pagamento do pedido. ;Por meio da internet conseguimos organizar as entregas com maior agilidade. Também oferecemos meios de pagamento ao cliente que nos permite agilizar as vendas;, acrescenta. ;O e-commerce está cheio de pessoas querendo vender e oferecer algo novo, com uma qualidade diferenciada. No fim, isso faz toda diferença;, acredita.
, localizada na pequena cidade de Itaqui, no Rio Grande do Sul, são vendidos. Ao modernizar o negócio da família, Pedro Candelária, de 33 anos, abriu as porteiras da propriedade, que tem mais de 150 anos de tradição, para clientes de todo o país e do exterior. Atualmente, as vendas realizadas pela loja virtual representam algo em torno de 10% a 15% do faturamento total da empresa.
Devido ao aumento do volume de pedidos, novos funcionários tiveram que ser contratados para atender a alta demanda de e-mails, assim como cuidar da preparação das encomendas. Preocupado com a qualidade dos serviços, Candelária explica que busca sempre aperfeiçoar procedimentos importantes ao negócio, como a logística e o atendimento ao cliente. ;Vender on-line implica uma presença forte e constante. Verificamos o que está funcionando mal e tentamos melhorar, além de buscar investimento constante para conseguir um melhor retorno e a satisfação do consumidor;, relata, defendendo que a credibilidade é o ponto chave do e-commerce. ;O cliente que compra on-line sabe o que quer. É um conhecedor sobre o mundo dos vinhos. Por isso temos o cuidado de disponibilizar o máximo de informações possíveis como prazos de entrega, meios de pagamentos e diferentes tipos de frete. Tratamos os consumidores como gostamos de ser tratados;, relata.
como alternativa para alavancar as vendas, que antes eram restritas a participações em feiras e ao boca-a-boca dos clientes. ;É por lá que divulgamos os nossos produtos, vendemos e, a cima de tudo, mostramos que o cultivo é feito de forma completamente orgânica;, explica. Elaborar um método de pagamento seguro foi ponto de partida para a confecção da página virtual. ;Assim como me preocupo em comprar as sementes em um site seguro, quero que o meu cliente sinta que as informações pessoais dele estão protegidas e que terá a encomenda entregue dentro do prazo estipulado;, salienta.
[VIDEO1]
Com o retorno, ela conseguiu profissionalizar o negócio e investir em equipamentos de primeira linha para a cozinha. ;Chego a comprar 10 mil embalagens de pimenta por ano para dar conta dos pedidos;, afirma. Feliz com a empreitada, ela admite que fez uma tacada certeira quando resolveu procurar por segmentos diferenciados. ;Meu investimento inicial foi de R$ 100. Hoje não vendo minha marca por menos de R$ 1 milhão;, diz.
O diretor-executivo da Emater-DF, Carlos Banci, explica que, antes de partir para a venda ao consumidor final, o produtor deve submeter os itens a um processo de certificação junto a um organismo credenciado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) ou Anvisa. ;O agricultor tem que cumprir metas de boas práticas agrícolas para garantir a segurança do alimento que será comercializado. Essa entidade verifica o produto, embala e o rastreia por código de barras. Dessa forma, é possível saber a sua origem e a fazenda onde foi feito;, explica.
Para ele, uma forma atrativa para esses empreendedores diminuírem custos e ganharem força é a união em associações ou cooperativas. ;Para o pequeno agricultor pode resultar difícil fazer a venda, a entrega, o acompanhamento do pedido, tudo sozinho. Por isso estimulamos as cooperativas. Dessa forma ele pode se concentrar naquilo que sabe fazer e deixar para essa organização a função de comercialização, seja no atacado, no varejo ou no delivery;, explica.
Juntos para vender
Unir forças foi justamente a saída que 36 pequenos produtores de sete estados brasileiros encontraram para aumentar os lucros nas vendas de grãos e de produtos artesanais. Criada em 2010, a cooperativa funciona como uma ponte entre os agricultores familiares e os consumidores. Para aumentar as vendas, a associação criou um site que permite oferecer os itens para todas as regiões do país.
[VIDEO2]
Segundo o gerente administrativo da cooperativa, Marcos Fonseca, a ideia de investir no e-commerce surgiu a partir do crescente interesse dos clientes em adquirir os produtos fora do espaço das tradicionais feiras, que aconteciam de forma esporádica em alguns estados.
A Central do Cerrado funciona da seguinte forma: os associados, que vivem espalhados por regiões como Maranhão, Tocantins, Pará, Mato Grosso e Goiás, enviam as mercadorias produzidas para a unidade sede, em Sobradinho (DF), cidade localizada a 23km de Brasília, que estoca e dá o toque final ao material. ;Tem uma tribo no Mato Grosso que faz o transporte da mercadoria de barco até um município próximo e, em seguida, coloca os produtos em caminhões para chegar até Cuiabá (MT). Só então que seguem para o DF;, relata o gerente. Mas o esforço vale a pena. Com a contribuição dos associados, a cooperativa investiu na profissionalização de diferentes etapas do processo como na manipulação das iguarias - que inclui pequi, baru, jatobá, babaçu, buriti, mel, entre outros. A embalagem dos itens, que são enviados aos clientes por meio dos Correios, também foi aprimorada para garantir uma melhor apresentação. Dependendo da época do ano, o número de pedidos pela web chega a 300 por dia.
Fonseca lembra que a preocupação inicial no momento do desenvolvimento do site foi oferecer uma forma segura de pagamento, que resguardasse tanto a cooperativa, quanto o comprador. Depois disso, o foco voltou-se para a valorização dos produtos em si. ;Destacamos os itens com fotos de boa qualidade e com a história da comunidade que desenvolveu as mercadorias. Para nós é importante que o consumidor entenda de onde vem esses produtos e como eles são feitos;, esclarece.
Na opinião do gerente da unidade de agronegócios do Sebrae, Roberto Faria, as vendas on-line têm ainda mais atratividade para aqueles que trabalham com produtos agroindustrializados. ;Sucos, doces e compotas, por exemplo, têm um potencial excelente para a comercialização na web. Se ele (o produtor) ainda conseguir verticalizar a produção é possível aumentar a escala e alcançar uma rentabilidade maior;, conta, sem esquecer do setor de hortifruti. ;É claro que há a dificuldade por se tratar de itens perecíveis e, por isso, o ;timing; (da plantação à logística) precisa ser muito bem ajustado. Porém, oferece uma oportunidade incrível;, comenta.
[VIDEO3]
Para ele, o e-commerce é uma tendência que cresce a cada dia. Porém, antes de entrar de colocar todas as fichas na plataforma, o empreendedor deve ver o espaço virtual como um canal a mais de comercialização. Além disso, é fundamental que esteja atento ao funcionamento de cada passo da cadeia produtiva. ;Às vezes, o produtor é um craque para produzir, mas quando chega na hora de comercializar, de fazer o controle financeiro, de divulgar o produto ele acaba travando. Então, independentemente do volume de produção, a gestão é primordial para se manter os negócios nos eixos. Seja no ambiente físico ou no virtual;, diz.