Mais de R$ 158 bilhões serão injetados na economia com o pagamento do 13; salário neste final de ano. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (4/11), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse valor representa um crescimento de 10,1% comparado com 2013, quando o Dieese estimou em cerca de R$ 143 bilhões.
De acordo com o estudo, cerca de 84,7 milhões de brasileiros serão beneficiados com um rendimento adicional, em média, de R$ 1.774,00. Em 2013, o pagamento foi feito a cerca de 82,3 milhões de pessoas. Em média, cada trabalhador recebeu R$ 1.740. O número de pessoas que receberá o 13; salário em 2014 é cerca de 2,9% superior ao calculado para o ano de 2013.
Dos cerca de 84,7 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13; salário, aproximadamente 32,7 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (52 milhões de pessoas) correspondem a 61,4% do total. Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada somam 2,122 milhões equivalendo a 2,5% do conjunto de beneficiários do abono natalino. Além desses, em torno de 975 mil pessoas (ou 1,2% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União (Regime Próprio).
Do valor de R$ 158 bilhões, perto de 20%, ou seja, R$ 31,2 bilhões, serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 111,5 bilhões, ou 71% do total, irão para os empregados formalizados; incluindo os empregados domésticos. Aos aposentados e pensionistas da União, caberá o equivalente a R$ 7,6 bilhões (4,8%), aos aposentados e pensionistas dos Estados, R$ 6,1 bilhões (3,9%) e R$ 1,34 bilhão (0,8%) destinam-se aos aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios.
O maior valor médio para o 13; (considerando todas as categorias de beneficiados) deve ser pago no Distrito Federal - R$ 3.327 ; e o menor, é encontrado nos estados do Maranhão e Piauí - ambos com média próxima a R$ 1.200,00.
Estimativa setorial para o mercado formal
Dos R$ 111,45 bilhões que serão pagos para os quase 50 milhões de trabalhadores do
setor privado e público no Brasil, excluídos os empregados domésticos a maior parcela caberá aqueles que estão empregados no setor de serviços (incluindo administração pública), que assim ficarão com 60,9% do total destinado ao mercado formal; os empregados da indústria receberão 19,2%; os comerciários terão 12,9%. Àqueles que trabalham na construção civil será pago o correspondente a 5,1% e 2,0% irão para os trabalhadores da agropecuária.