O Tribunal de Contas da União (TCU) pediu explicações à Petrobras sobre o pagamento de US$ 434 milhões, sem previsão contratual, à Bolívia pelo fornecimento ao Brasil de gás com componentes nobres que não são utilizados. O despacho determinando a fiscalização nos contratos foi feito pelo ministro José Jorge.
;Está se pagando por componentes que não estão previstos no consórcio e que também não estão sendo utilizados no Brasil. Determinamos uma fiscalização imediata nos contratos para verificar quem autorizou o pagamento e qual foi o acordo firmado;, explica. A auditoria deve durar entre 90 e 120 dias.
Leia mais notícias em Economia
A Petrobras tem um contrato de fornecimento de gás com a Bolívia há cerca de 20 anos. O gás que chega ao Brasil vem com alguns componentes nobres que podem ser usados pela indústria química, que não são retirados nem pela Bolívia nem pela Petrobras. ;Nenhum dos dois faz isso, nem está previsto no contrato, e a Petrobras nunca pagou por esses componentes que não usa. Agora, a Petrobras resolveu pagar esses componentes, inclusive os atrasados, e isso deu uma conta de R$ 1 bilhão;, disse o ministro.