Com problemas econômicos entranhados no dia a dia, as famílias brasileiras tentam identificar nas propostas apresentadas nas campanhas eleitorais, seja para presidente seja para governador, algo que sinalize uma mudança de rumo. A escolha, porém, não é fácil. ;Ninguém sabe muito bem em quem votar. Agora, todo mundo tem cara de santo, mas, depois, não olham para a gente;, afirma Maria José. ;Não dá para entender muito de economia, mas a gente sabe que não quer mais inflação;, acrescenta Renato da Costa Lima, 30 anos, filho da aposentada.
Dificuldades como as enfrentadas pela família do Itapoã vão ter peso decisivo nas escolhas que os cidadãos farão nas urnas no próximo domingo. ;É claro que a vida melhorou nos últimos anos, mas as coisas estão voltando a ficar difíceis;, reclama a dona de casa Dinair Andreia Coelho Gouveia, 35 anos. O caso de Maria José é ilustrativo. Ela conta que recorreu ao banco para não privar a família de serviços essenciais. ;Teve época em que até telefone eles cortaram aqui. Foi quando eu decidi pegar o empréstimo;, relata. A aposentada tomou R$ 1,8 mil para amortizar em cinco anos, R$ 60 por mês. No fim, com as elevadas taxas de juros, vai pagar o dobro do montante inicial. ;Tem mês em que o dinheiro não dá, e deixo a parcela para o mês seguinte. Mas aí ela já está muito maior por causa dos encargos;, completa.
A matéria completa para assinantes está
aqui. Para assinar, clique
aqui.