Jornal Correio Braziliense

Economia

Ações da Portugal Telecom despencam e atingem papéis da Oi

Para analistas, o mercado repercutiu o temor de que a fusão das companhias seja suspensa com a insolvência do Grupo Espírito Santo e da sua subsidiária Rio Forte

As ações da Portugal Telecom (PT) chegaram a despencar ontem 27% na Bolsa de Lisboa, para a cotação mínima histórica de 0,87 euro. Encerraram em queda de 10,05%, cotadas a 1,09 euro. O tombo atravessou o Atlântico e a Oi, em processo de fusão com a PT, liderou as quedas na Bolsa de Valores de São Paulo (BM) em grande parte do dia, num pregão que fechou com recuo de 2,55%. Os papéis preferenciais (PN) da operadora recuaram 5,6% e os ordinários (ON), 7,63%

Para analistas, o mercado repercutiu o temor de que a fusão das companhias seja suspensa com a insolvência do Grupo Espírito Santo e da sua subsidiária Rio Forte, que tiveram o pedido de recuperação judicial negado semana passada. A PT levou calote de 897 milhões de euros da Rioforte e, com isso, perdeu participação acionária na CorpCo, resultante da fusão com a Oi, obrigando o sócio português a assinar novo acordo, reduzindo sua fatia de 38% para 25,6%.

Desde o anúncio do calote, o capital da PT negociado na bolsa já se desvalorizou 65,4%. As perdas registradas no valor de mercado da Oi desde janeiro, também em torno de 65%, se intensificaram após a renúncia do presidente Zeinal Bava, há duas semanas. Em comunicado, a operadora esclareceu ontem que a eventual liquidação dos ativos da Rio Forte ;não terá qualquer impacto no andamento; da fusão com a PT.