A bolsa de valores conseguiu se livrar de velhos estigmas. Com muito esforço, o universo de gráficos, índices e cifrões deixou de ser tão associado a ricos e engravatados e entrou no dia a dia das pessoas. O mercado de capitais rompeu resistências e se popularizou a ponto de chegar às conversas de bar. Porém, ainda que mais palpável, o sobe-e-desce das ações mantém o mesmo desafio de antes: o de ser realmente compreendido por empresas e pela população.
Se um candidato melhora ou piora nas pesquisas eleitorais, a bolsa reage. Guerras, riscos de epidemia, crises internas ou externas também provocam rápidas oscilações e mexem com o ânimo do mercado. As influências estão por todos os lados. Praticamente tudo pode interferir no valor das ações, levando investidores a perder ou a ganhar dinheiro. Mas perceber isso ; de maneira cada vez mais clara ; não elimina o caráter enigmático do mundo acionário.
Educadores financeiros, corretoras e a própria Bolsa de Valores de São Paulo (BM) se unem numa permanente missão de apresentar o mercado de capitais como importante opção de investimento para os brasileiros e de financiamento para o setor privado do país. Ao mesmo tempo, tentam desmistificar a ideia de que a bolsa não passa de um grande cassino em que reinam especuladores, encarados sempre de forma bastante pejorativa.
O período de incertezas da economia brasileira contribui para afastar investidores da bolsa. Não à toa, este ano ainda não houve uma abertura sequer de capital, o chamado IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações), quando uma empresa lança títulos no mercado afim de captar recursos para financiar projetos de investimento, fortalecer a imagem do negócio ou usar o valor das transações para, por exemplo, viabilizar planos de expansão e fusão.
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