O desrespeito aos proprietários de veículos é tamanho que chegou ao ponto de o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) abrir processo para investigar a falta de peças da Nissan, gigante japonesa. Para o titular da 1;Promotoria de Justiça de Defesa do Consumidor (Prodecon), Paulo Roberto Binicheski, os prazos excessivos na entrega dos equipamentos configuram prática abusiva e não há motivos para tanta demora.
;Hoje, com o transporte por avião, Correios ou Sedex, uma peça pode chegar em menos de uma semana;, destacou. Ele ressalta que é obrigação do fornecedor manter no mercado, para pronta reposição, componentes dos veículos que comercializa, mesmo depois de terminada a produção ou importação. Procurada, a Nissan informou que, até o momento, não foi notificada pelo MP.
O analista de sistemas Dario Testoni, 52 anos, é um dos consumidores insatisfeitos com a Nissan. Em maio deste ano, o painel e o som do modelo Sentra foram furtados. Ele levou o automóvel a uma autorizada e esperou mais de dois meses apenas para que as peças chegassem. Em agosto, a concessionária solicitou que ele deixasse o veículo para o reparo. Ao buscá-lo, percebeu que algumas funções estavam com problema, como o controle da direção hidráulica, ar condicionado e o GPS. ;Um técnico pediu que eu ficasse com o veículo e voltasse após alguns dias, pois tentaria conseguir as peças que faltavam. Voltei na revendedora por várias vezes, sem êxito;, afirmou.
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