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Economia

IBC-BR avança 0,27% em agosto, abaixo das projeções do mercado

No ano, o índice aponta para um crescimento praticamente nulo da economia, de 0,04%

Nem mesmo os bons resultados do varejo e da indústria, que interromperam uma série de quedas consecutivas e voltaram a registrar números positivos em agosto, foram suficientes para reanimar o combalido crescimento econômico. Naquele mês, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-BR) registrou alta de 0,27%, na série com ajuste sazonal, informou esta quinta-feira (16/10) a autoridade monetária.

No ano, o índice aponta para um crescimento praticamente nulo da economia, de 0,04%. Está em linha, portanto, com o Produto Interno Bruto (PIB), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que recuou por dois trimestres consecutivos, entre janeiro e março e de abril a junho, sinalizando que o país passa por uma recessão técnica.

No acumulado em 12 meses, o IBC-BR cresce 0,93%. Mas, esse número vem caindo consistentemente nos últimos meses, e só é positivo por causa dos bons resultados registrados no fim de 2013. Uma prova é que, quando comparado apenas os meses de agosto, o indicador ainda reflete uma perda acentuada de dinamismo. Na comparação com oitavo mês de 2013, houve queda de 0,31%. Contra agosto de 2012, o tombo é ainda maior: 2,59%.

Mesmo o resultado mensal, frente julho, de alta de 0,27% veio abaixo da mediana das projeções do mercado financeiro, que apontava para um crescimento de 0,3% em agosto. Havia, porém, quem apostasse em desempenho bem maior, de 0,7%. Isso porque, para especialistas, agosto, até mesmo por causa de fatores estatísticos, deveria apresentar resultado melhor, já que os dois principais motores econômicos, varejo e indústria, registraram resultados positivos no mês.

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[SAIBAMAIS][SAIBAMAIS]Após cair por dois meses, em junho e julho, as do varejo subiram 1,1%, em agosto. O mesmo ocorreu com a produção industrial, que avançou 0,7% em julho e repetiu o desempenho em agosto. Ainda assim, no ano, a indústria ainda acumula perdas 3,1%.

Resultados do IBC-BR sugerem que a economia ainda está longe de engrenar o maior crescimento. Na comparação entre agosto deste ano e de 2013, o índice recuou 0,15%. Na série sem ajuste, houve queda de 1,02%.