O brasileiro precisa se preparar para pagar até 17 contas de luz extras de 2015 a 2017. Isso porque nesse período os R$ 66,5 bilhões do atual rombo elétrico serão rateados entre as 75 milhões de unidades consumidoras do país. Como o valor médio mensal do consumo é de R$ 50, cada cliente de distribuidora de eletricidade estaria devendo R$ 880 ao esforço para cobrir o prejuízo gerado pela intervenção do governo no setor, conforme cálculos da CMU Comercializadora de Energia.
O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Adilson de Oliveira, especializado em setor elétrico, endossa os números que englobam os empréstimos às distribuidoras, os aportes do Tesouro e o uso pleno de termelétricas desde o ano passado. ;Como a conta vai ficar para o consumidor, basta dividi-la pelo total de unidades consumidoras para saber quanto cada um vai ter de arcar para resolver o problema;, esclareceu. Ele lamentou que os valores usados para cobrir o deficit financeiro do setor elétrico poderiam ser empregados em novas usinas, aumentando a oferta nacional de energia.
Para o presidente da Thymos Energia, João Carlos Mello, o rombo é ainda maior do que o estimado pela CMU, passando dos R$ 70 bilhões. ;O repasse tarifário a partir de 2015 será violento. E deve chegar a 25% de aumento real direto nas faturas;, alertou. Ele lembrou que esse custo será repassado de formas variadas. ;No fim é o consumidor quem paga, não apenas nos reajustes de tarifa, mas também via encargos, a exemplo da cobrança dos despachos térmicos;, assinalou.
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