Jornal Correio Braziliense

Economia

Ministro da Economia francês propõe 'New Deal' para a União Europeia

Emmanuel Macron afirmou que a França não deveria se beneficiar de um novo prazo para chegar ao limite europeu de 3% de déficit

Paris - O ministro francês da Economia, Emmanuel Macron, propôs um "New Deal" e se comprometeu a acelerar as reformas na França, com um programa de investimentos de 300 bilhões de euros por parte da União Europeia - em entrevista à revista semanal Le Journal du Dimanche.

"A Europa precisa de um New Deal", afirmou o ministro em entrevista publicada após críticas do presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, estimando que a França não deveria se beneficiar de um novo prazo para chegar ao limite europeu de 3% de déficit.

[SAIBAMAIS]"A França se compromete a levar adiante e até mesmo a intensificar suas reformas; a União anuncia um grande plano para relançar os investimentos de 300 bilhões de euros", detalhou Macron, que considera que este New Deal permitiria que a França obtivesse 10 bilhões de investimentos suplementares a cada ano.

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"Todos ganharão com isso, já que hoje em dia todo mundo está perdendo - o desaquecimento da economia alemã é uma nova prova disso", avaliou o ministro, que considera que a França "deve fazer seu trabalho". "Nós temos seis meses para criar um novo número na França e na Europa".

Segundo ele, "a solução está antes de mais nada dentro de casa. Não é acusando Bruxelas, Berlim". "A solução está na nossa capacidade de nos reinventarmos, modernizarmos o país, libertarmos a economia, dar a possibilidade àqueles que querem trabalhar, criar, produzir, de fazer as coisas de forma mais simples", afirmou.

Macron anunciou também uma nova lei de incentivo econômico deverá ser anunciada nas próximas semanas.

Entre os setores que espera "liberar", Macron mencionou carteira de motorista, a simplificação dos procedimentos no setor de habitação "ou ainda a modernização das condições de trabalho, na base das negociações e no respeito do livre-arbítrio de cada um". Ele também garantiu que as concessões de estradas também serão afetadas por tais mudanças.