Os quatro grandes institutos de conjuntura alemães revisaram nesta quinta-feira claramente em baixa suas previsões comuns de crescimento para a Alemanha, primeira economia da Eurozona, para 2014 e 2015.
Ifo, DIW, RWI e IWH apostam por uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) alemão de 1,3% neste ano e 1,2% no próximo ano, contra respectivamente 1,9% e 2% de suas previsões anteriores de abril, indicam em um comunicado.
Em suas recomendações, os institutos convocam o governo a aumentar o gasto público nos setores que podem contribuir potencialmente para o crescimento. O PIB alemão caiu 0,2% no segundo trimestre de 2014, após uma alta de 0,7% no primeiro.
As más notícias se acumulam nas últimas semanas para a economia alemã, motor da economia europeia, com uma queda das exportações e um retrocesso da atividade em seu setor industrial.
As exportações alemãs registraram em agosto sua maior queda mensal (-5,8%) desde janeiro de 2009, em plena crise econômica mundial, indicou nesta quinta-feira o Escritório Federal de Estatísticas.
Os pedidos à indústria caíram 5,7% em agosto em relação ao mês anterior - também a maior queda desde janeiro de 2009 -, e a produção industrial registrou no mesmo mês uma queda de 4%.