O mercado operou com alta volatilidade ontem, numa reação às especulações sobre pesquisas eleitorais, mas repercutindo, sobretudo, a ata do comitê de política monetária dos Estados Unidos, o Fomc, que procurou tornar mais claras as diretrizes sobre o momento em que poderá começar a subir as taxas de juros no país. No documento, o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, declarou ainda estar preocupado com o enfraquecimento do cenário econômico global, principalmente com a contração do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e com a ;recessão no Brasil;.
O Fed indicou que teme ser mal interpretado sobre a afirmação, feita no comunicado anterior, de que os juros continuariam baixos por um ;tempo considerável;. Procurando tornar mais claro o significado da expressão, o órgão ressaltou que não se trata de um compromisso que independa de dados econômicos. As bolsas norte-americanas entenderam que, por enquanto, a situação da economia não requer elevação dos juros e, por isso, reagiram em alta. Wall Street teve a melhor sessão do ano, com o índice Dow Jones subindo 1,64% e o Nasdaq se valorizando 1,84%.
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No Brasil, a ata do Fed acomodou o sobe-desce do mercado de capitais e reduziu as perdas do dólar. Ao fim de um dia nervoso, a Bolsa de Valores de São Paulo (BM) fechou com queda de 0,66% a 57.058 pontos. O principal índice, o Ibovespa, chegou a subir 1,31% na abertura do pregão, ainda refletindo as especulações eleitorais, que apontam fortes chances de a oposição vencer as eleições presidenciais no segundo turno. Depois, teve queda de 2% em meio a rumores de que uma denúncia poderia afetar a candidatura de Aécio Neves (PSDB). Quando saiu a ata do Fomc, a Bolsa amenizou as perdas, mas não o bastante para voltar ao azul.
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