O recente relatório trimestral do Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A previsão anterior era um avanço de 1,3%. Houve queda de 1 ponto percentual na estimativa, limitando a expansão para 0,3%, o que representa estagnação. Se a projeção for executada, será o segundo pior resultado desde 1998, momento em que a economia não obteve crescimento.
Em resposta, o Ministro da Fazenda Guido Mantega afirmou que a previsão do FMI está equivocada. Em coletiva nesta terça-feira (7/10), ele disse que o relatório da instituição - Panorama da Economia Mundial - não considerou a seca e a pressão inflacionária decorrente dela. A seca influencia na produção de alimentos e nas tarifas de energia, obrigando o Banco Central a adotar uma política monetária contracionista. O ministro destacou que o Brasil vive um processo eleitoral, o que causa maior volatilidade na economia.
Mantega explica que o baixo crescimento das principais economias reflete no desempenho brasileiro. "Espero que meus colegas [países desenvolvidos] tomem medidas mais eficientes para o crescimento. Enquanto não melhorarem, vamos ter que nos virar", acrescenta. Os problemas de confiabilidade não rondam apenas o Brasil, atingem também a Alemanha", relata.
Quanto à indústria, Mantega acredita em um aumento de vendas para o segundo semestre e na renovação dos estoques. O ministro, que não permanecerá no governo Dilma Rousseff caso ela seja reeleita, atacou a oposição em seu discurso. Ele afirmou que um possível governo de Aécio Neves (PSDB) irá instalar um grande choque na economia. A inflação vai diminuir, porém a taxa de desemprego pode aumentar, segundo ele.