Em mais um dia marcado por muita instabilidade, o mercado financeiro brasileiro mostrou ontem que segue aflito diante do cenário eleitoral. Aguardando o desenrolar da disputa presidencial e as sinalizações de continuidade ou não da atual política econômica, investidores protagonizam um frenético vaivém no valor das ações e do dólar. Não se espera calmaria até a decisão das urnas, com grande possibilidade de fortes picos no meio do caminho.
[SAIBAMAIS]O dólar chegou a R$ 2,492, registrando a segunda alta seguida ; de 0,32% ;, contrariando o movimento de queda observado no exterior. A cotação renovou o recorde desde 2008, no ápice da crise econômica mundial. Na semana, a alta acumulada da moeda norte-americana é de 3,14%. Em setembro, o dólar registrou o maior avanço mensal em três anos.
O mercado já trabalha com um novo patamar no dólar, inicialmente de R$ 2,45 a R$ 2,50. Caso a presidente Dilma Rousseff (PT) venha a se reeleger, no entanto, a previsão é de aumentos mais bruscos. ;Ainda há uma margem de incerteza muito grande e o Banco Central (BC) não está mais conseguindo conter a alta da moeda;, comentou o consultor Emilio Otranto Neto, veterano do mercado de capitais.
Apesar da intensa volatilidade nos últimos dias, a autoridade monetária ainda não anunciou medidas adicionais para tentar segurar o dólar, além dos leilões de swap cambial, iniciados em agosto de 2013 como a maior intervenção desse tipo desde a crise global de 2008. O avanço da divisa gera temores de pressões inflacionárias e sobre o endividamento das empresas.
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