A pressa de realizar o leilão da frequência de 700 megahertz (MHz) para as operadoras oferecerem serviço de banda larga móvel de quarta geração (4G) saiu caro ao governo, que pretendia fazer caixa para fechar as contas fiscais de 2014. Com quatro participantes na disputa por seis lotes, o ágio ficou em apenas 1% em duas ofertas, e nas outras duas, os vencedores pagaram o preço mínimo. Dois lotes nem sequer foram arrematados por falta de interesse. Com isso, o governo, que esperava arrecadar até R$ 8,2 bilhões no certame, vai levar somente R$ 5 bilhões.
As três maiores empresas de telefonia móvel do Brasil, Claro, TIM e Vivo, conseguiram suas licenças nacionais da frequência 700 MHz para operar o 4G. A Claro, do grupo mexicano Telmex (Claro/Embratel/NET), ficou com o primeiro lote, pagando R$ 1,947 bilhão, R$ 20 milhões a mais do que o preço mínimo de R$ 1,927 bilhão. A TIM Participações arrematou o lote 2 com uma oferta igual a da Claro, de R$ 1,947 bilhão, portanto também apenas 1% acima do piso determinado em edital.
Com as outras duas concorrentes fora do lance, pois já tinham sido vencedoras dos lotes anteriores, a Telefônica Brasil, que opera a marca Vivo, manteve a estratégia de oferecer sempre o mínimo e conseguiu arrematar o terceiro lote, oferecendo R$ 1,927 bilhão, sem qualquer ágio.
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A operadora regional Algar Telecom optou por fazer oferta apenas no lote 5, em que já opera. A Algar ofereceu R$ 29,567 milhões, praticamente o mínimo previsto no edital da disputa, que era de R$ 29,560 milhões.
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