. Os preços variam de R$ 29,90 a R$ 49,90.
Segundo ela, os modelos são criados para se adequarem à anatomia do homem, mas as comparações com as calcinhas femininas são inevitáveis. É que as peças são feitas com a mesma matéria-prima e levam renda, babados e laços. ;A modelagem é idêntica à de uma cueca, o que muda são os tecidos, e a inspiração vem das calcinhas;, disse. Herika conta que 70% dos compradores são gays e 30%, héteros. ;A princípio, o público gay fica surpreso, mas a resposta é positiva. Também há peças voltadas para o homem metrossesual que está disposto a se vestir para a parceira e se apresentar de forma sedutora;, explica.
;Existem poucas lojas que têm foco exclusivo na venda de roupas íntimas masculinas nessa linha, sendo que, destas, 99% estão no exterior. Queremos oferecer conforto, elegância e sensualidade para os homens brasileiros, mas com total discrição;, disse. Conforme estudo do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), hoje, os consumidores de roupas íntimas masculinas estão na faixa etária entre 25 e 34 anos. A maioria deles, 53,4%, está no ensino médio e 20,5% no ensino superior. Ainda de acordo com o levantamento, o gasto médio desses homens na última compra foi de R$ 115,85.
Investimento
De acordo com o analista em marketing do Sebrae Minas Fabio Petruceli, todo produto novo é potencial, mas nem sempre se firma a longo prazo. ;Toda novidade implica em desafios, por isso, a dica é encontrar um público-alvo, de referência, e associar isso a um perfil. E também saber aproveitar o jargão de novidade e ao mesmo tempo trabalhar um produto como oportunidade perene, e não simplesmente um modismo que vai durar pouco tempo e sumir do mercado;, disse.
Para Petruceli, algumas estratégias são fundamentais para o empresário começar a investir nesse nicho de negócio. Segundo ele, a primeira é observar a aceitação do produto enquanto novidade e bem de consumo. Ele dá como exemplo a forma como empresas de cerveja lançam produtos sazonais. ;Algumas fabricantes sabem que tais produtos fazem sucesso em determinadas épocas e depois de um período de 3 a 5 meses retiram do mercado propositadamente. Algumas, inclusive, já desenvolvem planos e produtos dentro do mesmo segmento para se firmarem no mercado. Mas a melhor dica é: quem não arrisca, não cresce;, conclui.