Para a população de baixa renda, os projetos públicos de apoio são ainda mais importantes na idade madura. No entender da psicóloga Lucia França, professora de pós-graduação da Universidade Salgado de Oliveira (Universo), os futuros aposentados têm que discutir seus projetos de vida com a família. ;Deve ser conversado que o papai e a mamãe não são super-homem ou mulher-maravilha e que seus filhinhos, muitos de mais de 30 anos e com dependentes, que não pagam sequer uma conta de luz, precisam contribuir com as despesas e as tarefas da casa;, ironizou Lucia. Esse tipo de conversa vale para qualquer pessoa, mas é essencial para quem ganha pouco.
O esquema de vida dessa parcela da população pode incluir uma nova ocupação remunerada, preferencialmente em horário reduzido, além de atividades culturais, comunitárias, relacionamentos sociais, familiares, afetivos e talvez o voluntariado, aconselhou a psicóloga.
Tudo isso seria muito mais fácil se os PPAs estivessem em vigor. Embora já sejam obrigatórios, eles fazem parte da pauta de reivindicação de várias categorias. Mas, quando consultados sobre a existência desse sistema nos locais onde trabalham, vários servidores apenas riram da pergunta. De acordo com o Ministério do Planejamento, a ações para os idosos ocorrem de forma pulverizada. Há cursos a distância, em parcerias com universidades federais, para gestores de Recursos Humanos. Apenas 350 pessoas participam.
Benefício
Famílias com renda mensal per capita igual ou inferior a um salário mínimo podem receber auxílio financeiro para ajudar nos cuidados dos idosos e pessoas com deficiência. O Benefício de Prestação Continuada (BPC) assegura um salário mínimo mensal.
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