Com a alta dos juros e a inflação insistente, a trajetória de queda da inadimplência chegou ao fim. Depois de registrar recuo por três semestres consecutivos, a taxa relativa à carteira de crédito doméstica fechou em 3%, em junho, e não deve, conforme o Banco Central, voltar a cair. A análise feita no Relatório de Estabilidade Financeira, divulgado ontem, responsável por analisar a dinâmica do Sistema Financeiro Nacional, é de ;fim do ciclo de redução;.
O último indicador mensal divulgado pelo BC, relativo a julho, já havia mostrado uma retomada do endividado. A inadimplência nas operações bancárias das pessoas físicas com recursos livres atingiu 6,6%, após um mês de recuo e outro de estabilidade. É o maior patamar desde maio deste ano, quando chegou a 6,7%.
Conforme a publicação, ;esse comportamento é explicado por um ritmo menos acentuado de queda da inadimplência nos bancos privados, cuja diminuição no semestre foi de apenas 0,1 ponto percentual, e pelo aumento de 0,2 ponto percentual nos bancos públicos;.
Mesmo com o aumento do calote no início do terceiro semestre, o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, disse que a expectativa da autoridade monetária é de que a taxa permaneça constante nos próximos meses. ;A inadimplência é um elemento de preocupação de qualquer versão do nosso relatório. É um elemento-chave sobre a saúde do sistema. Vamos continuar observando, como nos semestres anteriores, mas a taxa está num nível saudável de equilíbrio;, argumentou.
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