Agência France-Presse
postado em 16/09/2014 19:27
Washington - O Comitê monetário do Federal Reserve (FOMC) deu início a uma reunião de dois dias que deve culminar com uma nova redução da ajuda excepcional à economia, mas abrindo a possibilidade de mudanças das taxas, próximas de zero. Segundo alguns analistas, o Fed pode também dar um novo sinal sobre a evolução de suas taxas, além de indicar que elas serão mantidas próximas de zero "durante um período considerável", no comunicado que emitirá no fim da reunião em Washington, que será seguida de uma coletiva de imprensa com a presidente do Fed, Janet Yellen.
A instituição deve reduzir em 10 bilhões de dólares suas compras de bônus do Tesouro e de títulos respaldados em ativos hipotecários, levando-os para 15 bilhões de dólares mensais. As taxas de juros devem ser mantidas, sem alterações, próximas de zero. Yellen confirmou recentemente que o fim das compras de títulos está previsto para outubro, depois que a economia avançou 4,2% no segundo trimestre, após ter sofrido uma contração de 2,1% no primeiro trimestre.
Alguns analistas acreditam que o FOMC pode modificar em seu comunicado a mensagem de orientação monetária, deixando de indicar que as taxas serão mantidas próximas de zero "durante um período de tempo considerável", após o fim de suas compras de ativos. A maioria dos analistas prevê este "período considerável" será de seis meses, o que significaria que uma primeira alta das taxas seria em meados de 2015.
"Espera-se que o Fed reformule sua mensagem de orientação baseando-se exclusivamente em dados econômicos, mais do que em uma noção de tempo, e deixando de lado esta referência de ;tempo considerável;", afirmou Jim O;Sullivan, da HFE.
Membros do FOMC divididos
O Fed adotou esta formulação em março. Antes disso, descartava a possibilidade de elevação das taxas enquanto o índice de desemprego estivesse acima dos 6,5%. Mas este indicador registrou quedas antes do previsto, embora não reflita um mercado de trabalho consistente. A taxa de desemprego caiu para 6,1% em agosto.
A meta do Fed de 2% de inflação também está longe de ser alcançada, com um índice de preços (PCE) em 1,6%. Na reunião do final de julho, os membros do FOMC demonstraram suas divergências. Segundo as atas publicadas, alguns "concordavam cada vez menos com a mensagem de orientação monetária", que prevê taxas baixas "durante um período considerável", estimando que "essa mensagem deve comunicar de modo mais claro como a política monetária responderá à evolução dos indicadores econômicos", acrescentam os documentos.
Apenas um membro do Comitê, Charles Plosser, do Fed da Filadélfia, votou contra a mensagem de orientação de política monetária, considerando principalmente que as taxas estariam atrasadas em relação à economia. A partir de então, outros membros do FOMC, às vezes por razões opostas, também passaram a considerar que esta noção temporal deixa o Fed de mãos atadas.
O FOMC pode levar tempo antes de modificar sua mensagem sobre a evolução das taxas, a fim de evitar nervosismo nos mercados, como aconteceu quando o ex-presidente do Fed Ben Bernanke anunciou em junho de 2013 que começaria a reduzir suas compras de ativos, o que aconteceu em dezembro. Antes de tomar uma decisão, o Fed pode também esperar a divulgação de estatísticas mais claras sobre emprego, depois do decepcionante indicador de criação de postos de trabalho em agosto.
A instituição deve reduzir em 10 bilhões de dólares suas compras de bônus do Tesouro e de títulos respaldados em ativos hipotecários, levando-os para 15 bilhões de dólares mensais. As taxas de juros devem ser mantidas, sem alterações, próximas de zero. Yellen confirmou recentemente que o fim das compras de títulos está previsto para outubro, depois que a economia avançou 4,2% no segundo trimestre, após ter sofrido uma contração de 2,1% no primeiro trimestre.
Alguns analistas acreditam que o FOMC pode modificar em seu comunicado a mensagem de orientação monetária, deixando de indicar que as taxas serão mantidas próximas de zero "durante um período de tempo considerável", após o fim de suas compras de ativos. A maioria dos analistas prevê este "período considerável" será de seis meses, o que significaria que uma primeira alta das taxas seria em meados de 2015.
"Espera-se que o Fed reformule sua mensagem de orientação baseando-se exclusivamente em dados econômicos, mais do que em uma noção de tempo, e deixando de lado esta referência de ;tempo considerável;", afirmou Jim O;Sullivan, da HFE.
Membros do FOMC divididos
O Fed adotou esta formulação em março. Antes disso, descartava a possibilidade de elevação das taxas enquanto o índice de desemprego estivesse acima dos 6,5%. Mas este indicador registrou quedas antes do previsto, embora não reflita um mercado de trabalho consistente. A taxa de desemprego caiu para 6,1% em agosto.
A meta do Fed de 2% de inflação também está longe de ser alcançada, com um índice de preços (PCE) em 1,6%. Na reunião do final de julho, os membros do FOMC demonstraram suas divergências. Segundo as atas publicadas, alguns "concordavam cada vez menos com a mensagem de orientação monetária", que prevê taxas baixas "durante um período considerável", estimando que "essa mensagem deve comunicar de modo mais claro como a política monetária responderá à evolução dos indicadores econômicos", acrescentam os documentos.
Apenas um membro do Comitê, Charles Plosser, do Fed da Filadélfia, votou contra a mensagem de orientação de política monetária, considerando principalmente que as taxas estariam atrasadas em relação à economia. A partir de então, outros membros do FOMC, às vezes por razões opostas, também passaram a considerar que esta noção temporal deixa o Fed de mãos atadas.
O FOMC pode levar tempo antes de modificar sua mensagem sobre a evolução das taxas, a fim de evitar nervosismo nos mercados, como aconteceu quando o ex-presidente do Fed Ben Bernanke anunciou em junho de 2013 que começaria a reduzir suas compras de ativos, o que aconteceu em dezembro. Antes de tomar uma decisão, o Fed pode também esperar a divulgação de estatísticas mais claras sobre emprego, depois do decepcionante indicador de criação de postos de trabalho em agosto.