Jornal Correio Braziliense

Economia

Contrabando e pirataria geram prejuízo de R$ 30 bi a 13 setores da economia

Estudos do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) apontam que o comércio ilegal geram prejuízos a segurança pública, a saúde dos brasileiros, ao mercado de trabalho, a indústria, ao varejo e a arrecadação de tributos

Pesquisa do Fórum Nacional Contra a Pirataria e Ilegalidade (FNCP) e do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) indicam que o contrabando, a pirataria e a falsificação geraram prejuízos de pelo menos R$ 30 bilhões para ao menos 13 setores da economia em 2013. Entre elas estão as indústrias de cigarro, perfumes, televisão por assinatura, óculos e produtos de limpeza. Na estimativa das entidades,



O presidente do ETCO, Evandro Guimarães, comentou que a economia informal e ilegal no Brasil movimentam R$ 782 bilhões, conforme estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), o que corresponderia ao quarto maior Produto Interno Bruto (PIB) da América Latina. Na avaliação dele, o próximo presidente eleito precisa reafirmar o compromisso com a defesa da legalidade e de programas para combater esses problemas. "Vamos propor que o dia 3 de março se torne o Dia Nacional de Combate ao Contrabando", sugeriu ele.

O presidente do FNCP, Edson Luiz Vismona, sugeriu que para mudar esse cenário é necessário que os órgãos públicos integrem as ações para atuar em conjunto para combater a ilegalidade. "Nos estados Unidos 23 agências trabalham de forma coordenada para combater esse problema. A troca de informações é fundamental", avaliou. Vismona também alertou que o Brasil precisa tomar a frente na articulação com países como Paraguai e Bolívia para combater a entrada de produtos contrabandeados no país. "Só do Paraguai, a estimativa é de que R$ 20 bilhões em contrabando são transportados para Brasil", comentou.