Jornal Correio Braziliense

Economia

Meta fiscal deve ser reduzida para evitar crescimento da dívida pública

Tesouro Nacional admite que não irá cumprir o objetivo de superavit nas contas públicas e estuda modificar o alvo estabelecido em lei

Depois do resultado pífio obtido na administração das contas públicas nos primeiros sete meses do ano, o governo avalia reduzir novamente a meta de superavit primário fixada para 2014, admitiu ontem o secretário do Tesouro, Arno Augustin. O objetivo estabelecido na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é de uma economia de R$ 99 bilhões para garantir o pagamento dos juros e, desse modo, evitar o crescimento da dívida pública. Entretanto, mesmo com todas as promessas feitas pelo Ministério da Fazenda, o valor conseguido até julho foi de apenas R$ 24,7 bilhões.



A decisão de rever a meta, contudo, ainda não foi tomada. ;Estamos discutindo o assunto e, quando chegarmos a uma conclusão, vamos informar do jeito usual, que é o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas;, disse Augustin à Reuters. A próxima versão do documento, elaborado a cada dois meses, será divulgada em 22 de setembro. A edição seguinte só será conhecida após as eleições. No início deste mês, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, já havia reconhecido que dificilmente cumpriria a meta fiscal deste ano.

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Segundo fontes da área econômica, uma alternativa para ajustar as contas sem reduzir a meta seria descontar do superavit um valor maior das despesas com investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A LDO permite um abatimento de até R$ 67 bilhões, mas o governo tem prometido, até agora, usar apenas R$ 35 bilhões.


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